A crueldade contra um cãozinho fez um homem de 33 anos ser preso em Ipatinga, no Vale do Aço, em Minas Gerais, neste domingo (14). O suspeito matou o animal da própria irmã com 23 facadas e o abandonou em uma estrada. Além disso, ameaçou assinar um outro familiar. A ocorrência mobilizou a Polícia Militar no bairro Bethânia.
Uma testemunha contou que a irmã possuía dois cachorros, mas que não tinha condições de criá-los. Por conta disso, o suspeito pegou um deles e saiu de casa alegando que iria doá-lo para um conhecido.
Depois de algumas horas, o homem retornou para a casa da família dizendo que havia “resolvido o problema”. Conforme registrado na ocorrência, o suspeito disse: “Matei o cachorro com 23 facadas. Deixei numa rotatória”. A irmã do homem revelou não ter acreditado no que havia escutado.
Morte confirmada
A dona do cachorro foi até o lugar informado pelo irmão e acabou confirmando a execução do animalzinho. Diante da brutalidade contra o cão, o outro irmão do suspeito discutiu com ele e os dois entraram em luta corporal. O suspeito deu socos no familiar além de feri-lo com unhadas.
Depois da discussão, o suspeito de matar o animal ainda tentou arrombar o portão da casa onde o familiar estava. O homem disse que queria fazer com o irmão a mesma coisa que havia feito com o cão.
O suspeito foi preso em flagrante, assim que a PM chegou para atender a ocorrência. O homem alegou ter sido agredido pelos irmãos, mas a mãe dele o desmentiu. A vítima das agressões dispensou atendimento médico. A faca utilizada no crime não foi encontrada.
Procurada pelo BHAZ, a Polícia Civil esclareceu que o suspeito será ouvido pela equipe da Delegacia de Plantão.
Lei Sansão
Em setembro de 2020, uma alteração na Lei 9.605/1998 fez com que a prática de abuso, maus-tratos, ferimentos e mutilações a animais domésticos, especificamente cães e gatos, passasse a ter pena de reclusão de 2 a 5 anos, com aumento de pena nos casos de morte do animal.
A norma ficou conhecida por Lei Sansão, em homenagem ao cão pitbull que, cruelmente, teve as patas traseiras decepadas, em julho do mesmo ano, na cidade de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“A partir de hoje, quem cometer [crime] contra cão e gato vai ter o que merece: prisão. Este ato de hoje é em defesa dos animais, mas também é em defesa do ser humano, é em defesa da vida, porque aqueles que cometem crime contra os animais, estatisticamente, têm enorme propensão a cometer contra o ser humano”, afirmou o deputado federal Fred Costa (Patriota-MG), autor do projeto de lei, à época.
Nota da Polícia Civil na íntegra
“A Polícia Civil informa que a ocorrência ainda está em andamento na Delegacia de Plantão em Ipatinga, onde o suspeito, um homem de 33 anos, aguarda para ser ouvido”.
Com informações da Bhaz