O governo federal estuda a possibilidade de ampliar o auxílio emergencial até dezembro deste ano, já que o fim da pandemia do coronavírus parece não chegar até o fim do segundo semestre.
Neste cenário, a equipe econômica deve propor a renovação do benefício, mas com um valor abaixo dos R$ 600 atuais. Segundo o jornal O Globo, a possibilidade é de pagar mais três parcelas aos beneficiários do programa, agora com um valor de R$ 200, média do Bolsa Família.
Caso o valor seja modificado, será necessário pedir autorização do Congresso Nacional, já que o auxílio emergencial foi aprovado após votação que o tornou lei. Na manutenção dos R$ 600, o governo apenas precisa prorrogar por conta própria.
Até o momento, mais de 65,4 milhões de pessoas já receberam as parcelas do auxílio emergencial, um total de R$ 145,9 bilhões, de acordo com os dados de hoje (3) da Caixa Econômica Federal. A projeção é de que até o final do ano mais de R$ 203 bilhões tenham saído dos cofres públicos.
“A definição é do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente Jair Bolsonaro. A Caixa operacionaliza os pagamentos. Qualquer que seja a decisão, nós, na Caixa, conseguiremos fazer. Como estamos fazendo o pagamento desde abril, hoje estamos um nível de eficiência muito superior. Estamos pagando por mês, mais de 90 milhões de pessoas”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães em live do banco nesta tarde.
Desde que foi desenhado, para durar três meses, o auxílio emergencial é alvo de interesse no mundo político, principalmente em torno dos valores concedidos. O valor de R$ 600 só foi alcançado após embates entre Executivo e Legislativo durante a formatação da proposta.
Guedes propôs inicialmente uma quantia de R$ 200 e o Congresso pressionou por uma elevação para R$ 500. Depois, o governo aumentou para R$ 600 para ficar com a paternidade do valor concedido.
Apesar disso, Guedes considera que a disputa prejudicou o formato do auxílio, entendendo que a medida poderia durar mais se tivesse um valor mais baixo.
Via SobralPost