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quarta-feira, 16 de março de 2016

Ceará confirma oito mortes de bebês com microcefalia relacionadas ao zika vírus


Foram confirmadas 15 mortes de bebês com microcefalia no Ceará, sendo oito casos com identificação do zika vírus no tecido fetal, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), nesta terça-feira, 15. O relatório também confirmou 48 casos de microcefalia e alterações do Sistema Nervoso Central (SNC).

Os dados da Sesa são referentes ao período de outubro de 2015 a 10 de março deste mês. Fortaleza tem três mortes confirmadas em decorrência da microcefalia, enquanto Canindé possui duas confirmações. Os municípios seguintes registraram um óbito cada: Crateús, Iguatu, Ipaumirim, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Morrinhos, Piquet Carneiro, Russas, Tejuçuoca e Tururu. 

De acordo com o boletim, 13 óbitos permanecem em investigação. Foram notificados 395 casos de microcefalia, destes 83 foram descartados. Do total de notificações, 328 foram detectados no pós-parto e 67 durante a gestação.

Causas da microcefalia

A microcefalia pode ter diversas causas. Desde doenças genéticas até fatores ambientais, como sangramentos, uso de substâncias químicas durante a gestação, contato com radiação, infecções por bactérias, vírus ou parasitas, entre outros.

Em todos os casos, há uma malformação do cérebro, que não se desenvolve normalmente. Com isso, o crânio não tem seu crescimento estimulado, e a criança nasce com o perímetro da cabeça menor do que a média. O crânio de um bebê nascido a termo, isto é, após nove meses de gravidez, tem pelo menos 34 centímetros de perímetro. Para crianças prematuras, os valores podem variar.

Se a hipótese do zika vírus estiver correta, o processo seria similar ao de outras infecções, como a rubéola, que também pode causar a microcefalia. No caso da zika, a mãe pode transmitir o vírus mesmo sem ter sinais da doença entre 70% e 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas.

Uma vez no corpo da mãe, o vírus pode romper a barreira protetora da placenta e chegar ao feto. Como o bebê não tem um sistema imunológico maduro, fica vulnerável à doença.

O POVO Online