Imagens retiradas do vídeo gravado pelos jovens |
Cientes da impunidade que assola o país, ainda mais por dois dos agressores serem menores de idade, três meliantes estupraram uma mulher deficiente mental, no Terminal Rodoviário de Icó, a 385 km de Fortaleza. Dois dos acusados, que confessaram o crime, são adolescentes, de 16 e 17 anos, que estavam acompanhados de Raynan Mota Mesquita, de 18 anos.
Segundo o Delegado de Polícia Civil de Icó, Marcos Sandro Nazaré de Lira, depois de uma noite de bebedeira, o trio foi ao terminal rodoviário e avistou a vítima. Quando notaram que a vítima é deficiente, um dos adolescentes propôs que Raynan praticasse atos sexuais com a mulher, para quitar uma dívida de R$ 30, enquanto um dos adolescentes filmaria o crime.
As cenas foram publicadas nas redes sociais pelos próprios envolvidos. Depois da grande repercussão, o caso foi levado à Delegacia de Icó. O vídeo veio à tona no último domingo (13), contudo o crime aconteceu no dia 4, segundo informações do delegado.
Os três acusados foram ouvidos nesta quarta-feira (15), os cínicos ainda alegaram que “tudo não passou de uma brincadeira”. A vítima fez exame de corpo delito nesta quarta. De acordo a Polícia, ela vaga pelas ruas e, atualmente, é paciente do Centro de Atenção Psicossocial.
O adulto (Raynan Mota Mesquita, de 18 anos) deve ser autuado por estupro de vulnerável, pegando de 8 a 15 anos de prisão. Já os adolescentes, que não se teve acesso aos nomes e rostos, responderão por ato infracional, e poderão passar no máximo três anos em reclusão, isso se não saírem antes.
Mais um caso
Foi o segundo caso de estupro com grande repercussão no Ceará neste mês. Duas jovens de 16 e 17 anos foram estupradas e espancadas por quatro homens em um terreno baldio em Capistrano, a 100 km de Fortaleza, na noite do dia 1º. A mais velha foi morta por afogamento ao ser presa numa cisterna. A outra conseguiu escapar com ferimentos.
Cinco suspeitos foram presos, e responderão pelo crime: Sebastião Pinto de Almeida, de 27 anos, John Lenon dos Santos, de 20 anos, e três adolescentes de com 16, 15 e 14 anos. Todos eles eram moradores de Capistrano, e conhecidos das vítimas.