Inácio Arruda, Ariosto Holanda e equipe da Secitece |
A proposta do deputado federal Ariosto Holanda para padronização do modelo dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT) e fortalecimento da rede CVT do Instituto Centec recebeu nesta segunda-feira a adesão do secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, e será defendida como uma proposta do governo do Ceará no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A ideia foi aprovada após discussão do parlamentar, na Secitece, com o secretário e assessores, o presidente do Instituto Centec, Francisco Viana, o empresário Sérgio Frota e será proposta pelo parlamentar em reunião com o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, Edward Madureira Brasil com representantes dos estados que têm CVT.
O CVT, projeto criado no Ceará há cerca de 20 anos, foi adotado como programa nacional do MCTI, hoje com mais de 400 unidades no país - e continua em expansão. O estado de Minas Gerais conta com 130 CVTs em funcionamento e amplia a rede em mais 70 unidades na atual gestão do governador Fernando Pimentel, disse Sérgio Frota. O Rio de Janeiro implantou 50 CVTs na época em que o atual ministro do MCTI, Celso Pansera, presidia a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), instituição responsável pelo programa, que pretende ampliar no país como prioridade do Ministério.
Com algumas exceções como os CVTs de Beberibe, Maranguape – presentes ao encontro com as coordenadoras Virgínia Tavares e Juliana Campos – e de Maracanaú, as unidades do Ceará padecem com a crise do Instituto Centec. A instituição possui 38 CVTs e duas Faculdades de Tecnologia Centec (Fatec) em Quixerambim e Juazeiro do Norte, que pretende entregar ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Inácio Arruda informou que a intenção de federalizar as duas unidades vem desde a gestão do governador Cid Gomes. A decisão é também do governador Camilo Santana, que na sexta-feira reforçou o pleito em companhia do secretário em encontro com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, ele informou.
O orçamento do Instituto Centec foi reduzido de R$ 27 milhões em 2010 para R$ 17 milhões este ano e apenas 0,49% do total é destinado ao custeio – o restante vai para pagamento de pessoal. Com a federalização das duas Fatecs, a Secitece pretende focar a ação do Instituto Centec nos CVT e adaptar 25 das unidades para o perfil de CVT temático em áreas prioritárias do desenvolvimento do Ceará como energia eólica, energia solar e outras e fortalecer a estrutura.
Inácio Arruda destacou o avanço no Ceará com a implantação de 113 Escolas Estaduais de Educação Profissional e mais sete que serão inauguradas este ano e o esforço na manutenção desta estrutura. “A transferência do ensino tecnológico (ofertado pelas duas Fatecs) para o governo federal é uma decisão de governo estadual”, afirmou.
Em face à dificuldade econômica do governo o pleito não foi atendido em 2015 mas continua de pé para este ano. O Conselho de Administração do Instituto Centec decidiu suspender o vestibular que seria realizado este ano nas Fatecs de Juazeiro do Norte e Quixeramobim, mas a seleção prevista para o meio do ano será realizada pelo IFCE ou Centec, disse o secretário.
Como estrutura mínima de pessoal, Ariosto Holanda propõe que o CVT tenha um coordenador, o professor de ciências, um engenheiro na área foco da atuação da unidade, uma secretária, um auxiliar de serviços gerais e três vigias. Hoje a maioria dos CVTs conta apenas com o coordenador.
O deputado defendeu a revitalização dos laboratórios de ciências dos CVTs – física, química e biologia – e de matemática onde não existe – para que as unidades funcionem como Centros de Ciências e Linguagens, dando formação nestas áreas aos professores do ensino fundamental da sede e municípios do entorno.
Francisco Viana declarou que há um vazio em todos CVT, defendeu a necessidade de gente como solução e observou que existe hoje uma defasagem tecnológica nos laboratórios de ciências. Um caminho para agregar pessoal aos CVTs, segundo ele, será a transferência de profissionais da sede do Instituto Cetec em Fortaleza e das duas Fatecs. O presidente do Centec defendeu a contratação de professores horistas para novos cursos de formação profissional nos CVTs para atender demandas do mercado e a possibilidade de pagamento pelos alunos.
Ficou decidido no encontro que a Secitece irá procurar a Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) e os municípios dos 24 CVTs que possuem salas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) do Ministério da Educação para propor parcerias no apoio ao fortalecimento do ensino fundamental e nas áreas de ciências e matemática. Os CVTs podem ajudar na formação de professores e no uso dos laboratórios para práticas laboratoriais por alunos da escola pública.
Inácio Arruda observou que o Ceará na gestão do governador Cid Gomes tomou a decisão de investir em outras áreas como nas EEEPs, que avalia como correta e, ao fazer isso, suprimiu outras como os CVTs. O secretário defendeu a necessidade de correção com o convencimento do governador Camilo Santana. Enquanto as EEEPs ofertam o ensino médio formal em regime de turno integral, o CVT atende a uma faixa de público diferente.
“O CVT é uma escola de cunho essencialmente prático para aquele que não tem mais tempo de ir para a escola e precisa aprender um ofício para ganhar a vida”, disse Ariosto Holanda. Segundo ele, o Brasil possui 50 milhões de analfabetos funcionais – 1,5 milhão a 2 milhões no Ceará e cerca de 1 milhão de pessoas em Fortaleza.
Ariosto Holanda relatou que Camilo Santana acolheu proposta de discussão da questão dos CVTs em audiência que concedeu ao deputado. No encontro, segundo o parlamentar, o governador disse ao secretário Élcio Batista, chefe de Gabinete do governo cearense para agendar o encontro. Ainda não chegou o momento desta reunião, disse o deputado, ao afirmar ao secretário que esta pode ser ocasião propícia para a discussão do tema com o governador, que foi professor do Instituto Centec e coordenador do curso de Saneamento na Fatec de Juazeiro do Norte.
O deputado aconselhou transformar o Instituto Centec e a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) em Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) no modelo instituído pelo novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ariosto Holanda informou ter convidado para vir ao Consultor Jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bruno Monteiro Portela, responsável pelo registro das ICTs, para orientar a FIEC, IFCE, Centec, Nutec e outras instituições de ciência e tecnologia do Ceará e este se prontificou a vir, tão logo ser formalizado o convite.
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A ideia foi aprovada após discussão do parlamentar, na Secitece, com o secretário e assessores, o presidente do Instituto Centec, Francisco Viana, o empresário Sérgio Frota e será proposta pelo parlamentar em reunião com o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, Edward Madureira Brasil com representantes dos estados que têm CVT.
O CVT, projeto criado no Ceará há cerca de 20 anos, foi adotado como programa nacional do MCTI, hoje com mais de 400 unidades no país - e continua em expansão. O estado de Minas Gerais conta com 130 CVTs em funcionamento e amplia a rede em mais 70 unidades na atual gestão do governador Fernando Pimentel, disse Sérgio Frota. O Rio de Janeiro implantou 50 CVTs na época em que o atual ministro do MCTI, Celso Pansera, presidia a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), instituição responsável pelo programa, que pretende ampliar no país como prioridade do Ministério.
Manuel Pereira, BC Neto, Inácio Arruda, Ariosto Holanda. |
Com algumas exceções como os CVTs de Beberibe, Maranguape – presentes ao encontro com as coordenadoras Virgínia Tavares e Juliana Campos – e de Maracanaú, as unidades do Ceará padecem com a crise do Instituto Centec. A instituição possui 38 CVTs e duas Faculdades de Tecnologia Centec (Fatec) em Quixerambim e Juazeiro do Norte, que pretende entregar ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Inácio Arruda informou que a intenção de federalizar as duas unidades vem desde a gestão do governador Cid Gomes. A decisão é também do governador Camilo Santana, que na sexta-feira reforçou o pleito em companhia do secretário em encontro com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, ele informou.
O orçamento do Instituto Centec foi reduzido de R$ 27 milhões em 2010 para R$ 17 milhões este ano e apenas 0,49% do total é destinado ao custeio – o restante vai para pagamento de pessoal. Com a federalização das duas Fatecs, a Secitece pretende focar a ação do Instituto Centec nos CVT e adaptar 25 das unidades para o perfil de CVT temático em áreas prioritárias do desenvolvimento do Ceará como energia eólica, energia solar e outras e fortalecer a estrutura.
Inácio Arruda destacou o avanço no Ceará com a implantação de 113 Escolas Estaduais de Educação Profissional e mais sete que serão inauguradas este ano e o esforço na manutenção desta estrutura. “A transferência do ensino tecnológico (ofertado pelas duas Fatecs) para o governo federal é uma decisão de governo estadual”, afirmou.
Em face à dificuldade econômica do governo o pleito não foi atendido em 2015 mas continua de pé para este ano. O Conselho de Administração do Instituto Centec decidiu suspender o vestibular que seria realizado este ano nas Fatecs de Juazeiro do Norte e Quixeramobim, mas a seleção prevista para o meio do ano será realizada pelo IFCE ou Centec, disse o secretário.
Sérgio Frota, Juliana Campos, Virgínia Tavares (em primeiro plano), Ricardo Costa e Marta Assunção |
Como estrutura mínima de pessoal, Ariosto Holanda propõe que o CVT tenha um coordenador, o professor de ciências, um engenheiro na área foco da atuação da unidade, uma secretária, um auxiliar de serviços gerais e três vigias. Hoje a maioria dos CVTs conta apenas com o coordenador.
O deputado defendeu a revitalização dos laboratórios de ciências dos CVTs – física, química e biologia – e de matemática onde não existe – para que as unidades funcionem como Centros de Ciências e Linguagens, dando formação nestas áreas aos professores do ensino fundamental da sede e municípios do entorno.
Francisco Viana declarou que há um vazio em todos CVT, defendeu a necessidade de gente como solução e observou que existe hoje uma defasagem tecnológica nos laboratórios de ciências. Um caminho para agregar pessoal aos CVTs, segundo ele, será a transferência de profissionais da sede do Instituto Cetec em Fortaleza e das duas Fatecs. O presidente do Centec defendeu a contratação de professores horistas para novos cursos de formação profissional nos CVTs para atender demandas do mercado e a possibilidade de pagamento pelos alunos.
Ficou decidido no encontro que a Secitece irá procurar a Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) e os municípios dos 24 CVTs que possuem salas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) do Ministério da Educação para propor parcerias no apoio ao fortalecimento do ensino fundamental e nas áreas de ciências e matemática. Os CVTs podem ajudar na formação de professores e no uso dos laboratórios para práticas laboratoriais por alunos da escola pública.
Inácio Arruda observou que o Ceará na gestão do governador Cid Gomes tomou a decisão de investir em outras áreas como nas EEEPs, que avalia como correta e, ao fazer isso, suprimiu outras como os CVTs. O secretário defendeu a necessidade de correção com o convencimento do governador Camilo Santana. Enquanto as EEEPs ofertam o ensino médio formal em regime de turno integral, o CVT atende a uma faixa de público diferente.
“O CVT é uma escola de cunho essencialmente prático para aquele que não tem mais tempo de ir para a escola e precisa aprender um ofício para ganhar a vida”, disse Ariosto Holanda. Segundo ele, o Brasil possui 50 milhões de analfabetos funcionais – 1,5 milhão a 2 milhões no Ceará e cerca de 1 milhão de pessoas em Fortaleza.
Ariosto Holanda relatou que Camilo Santana acolheu proposta de discussão da questão dos CVTs em audiência que concedeu ao deputado. No encontro, segundo o parlamentar, o governador disse ao secretário Élcio Batista, chefe de Gabinete do governo cearense para agendar o encontro. Ainda não chegou o momento desta reunião, disse o deputado, ao afirmar ao secretário que esta pode ser ocasião propícia para a discussão do tema com o governador, que foi professor do Instituto Centec e coordenador do curso de Saneamento na Fatec de Juazeiro do Norte.
BC Neto, Francisco Viana, Virgínia Tavares, Ariosto Holanda, Inácio Arruda, Deline Maria e Juliana Campos |
O deputado aconselhou transformar o Instituto Centec e a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) em Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) no modelo instituído pelo novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ariosto Holanda informou ter convidado para vir ao Consultor Jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bruno Monteiro Portela, responsável pelo registro das ICTs, para orientar a FIEC, IFCE, Centec, Nutec e outras instituições de ciência e tecnologia do Ceará e este se prontificou a vir, tão logo ser formalizado o convite.
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