Um agricultor de 45 anos foi preso após estuprar duas filhas durante anos, na cidade de Rio Negrinho, no interior de Santa Catarina. Uma das vítimas disse que os abusos começaram quando ela tinha apenas cinco anos de idade. O suspeito teve três filhos com cada uma das filhas, atualmente com 22 e 24 anos.
Segundo a Polícia Civil, os policiais começaram a investigar o caso após uma denúncia anônima. Dias depois, a filha mais velha do suspeito procurou a polícia e denunciou o pai. Em depoimento, as duas filhas confirmaram os estupros. As vítimas não souberam precisar quando os abusos começaram, mas uma acredita que foi aos cinco anos. Sua irmã só se lembra de ter sido estuprada pela primeira vez aos 11 anos.
A família vive em uma casa simples na zona rural da cidade. No imóvel, moravam o suspeito, a mulher, nove filhos — incluindo as duas vítimas — e os três filhos de cada uma delas. Além disso, a filha mais nova está grávida do quarto filho do pai. A jovem está no terceiro mês de gestação.
De acordo com o delegado Tiago de Freitas Nogueira, o pai exercia domínio sobre a família mediante ameaças, como de atear fogo na casa com todos dentro ou de levar as crianças que teve com as filhas embora. Com isso, as vítimas acabavam obedecendo às suas ordens. As jovens não podiam frequentar nem a escola e só saíam de casa para trabalhar na roça com o pai.
A mãe das jovens descobriu os abusos quando a filha mais velha engravidou do primeiro filho, mas não denunciou o marido por medo. Segundo o delegado, ela não será indiciada porque também foi uma vítima do suspeito.
O agricultor foi preso após o fim dos depoimentos das filhas, na madrugada de sexta-feira (11), e cumpre prisão preventiva no Presídio Regional de Mafra. Ele foi autuado por estupro de vulnerável e estupro comum, pois os abusos começaram quando as vítimas tinham menos de 14 anos e continuaram após essa faixa etária. Segundo Nogueira, ele pode pegar até 30 anos de prisão.
Ainda de acordo com o delegado, as seis crianças frutos do incesto foram registradas apenas com o nome das mães. As crianças, com idades entre um e seis anos, continuarão morando com a família. O Conselho Tutelar e a Assistência Social estão acompanhando o caso.
fonte PORTAL R7