Nós devemos lembrar dos nossos mortos não pelo infortúnio ou pela dor de suas chagas, mas pelo seu jeito de ser que é o que vai ficar. O homem é o que ele faz e o importante é a obra que fica e o mais importante de Foguinho é o exemplo que foi dado”. A afirmação foi feita pelo radialista Wilton Bezerra momentos antes do sepultamento do seu compadre e amigo Francisco de Assis Silva, o Foguinho, esta manhã no Cemitério Anjo da Guarda.
Já passava do meio dia quando a urna mortuária desceu ao túmulo diante dos prantos de parentes e amigos num momento de profunda emoção e tristeza. Foguinho morreu aos 69 anos por volta das 7 horas desta terça-feira na sua residência em Juazeiro do Norte. Momentos antes do sepultamento foi celebrada uma missa de corpo presente que reuniu milhares de pessoas no centro de velório. Todos escutaram atentamente a saudação de Wilton para quem Foguinho foi o embaixador de Juazeiro em termos de crônica esportiva.
De início, confessou estar com “os sentimentos massacrados” e foi adiante considerando um momento de difícil tradução. No relato sobre a trajetória do colega, ele o definiu como um herói diante de uma experiência humana rica pelo que representou. “Feliz da geração que tem a quem admirar e Fogo deve ser sempre lembrado e um exemplo a ser seguido”, disse Wilton chamando a atenção para o detalhe de que todos gostavam quando o via por conta da sua alegria e relacionamento de celebração.
Um pouco antes, o radialista do Sistema Verdes Mares de Comunicação lembrou quando trouxe Foguinho de volta ao rádio juazeirense após longa temporada em Petrolina (PE). “Foi um momento de grande repercussão, mas, sobretudo de revitalização e profissionalização do rádio esportivo do Cariri”. De acordo com Wilton Bezerra, ele era um profissional ousado que não tinha fins lucrativos já que o pagamento do trabalho era a repercussão positiva deste. “Isso era algo admirável e uma qualidade de poucas pessoas”, concluiu.
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