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domingo, 13 de julho de 2014

Qual o legado que a Copa do Mundo deixa para a população de Fortaleza?



A Copa do Mundo no Brasil termina hoje. Foram 30 dias de muita bola em campo e coração na mão. Para as cidades-sede, em particular, um gostinho a mais: a invasão de turistas de todo o mundo nesses locais deixou a festa ainda mais bonita e animada e, para isso, tivemos que nos preparar. Com o fim do Mundial, muito se especulou sobre o legado deixado para nosso benefício. Mas afinal, o que realmente fica de bom? É isso que a série de reportagens do Diário do Nordeste, com início na edição de hoje, tenta apontar.

No que diz respeito à infraestrutura da cidade, planejamento não faltou. Muito do que foi esperado, no entanto, não ficou pronto a tempo de receber a demanda do período. Entre as obras entregues sob a responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza, estão as avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha, ambas de acesso à Arena Castelão, a rotatória no entorno do estádio, o túnel Jornalista Demócrito Dummar e o túnel Barros Pinho, na Avenida Santos Dumont com a Via Expressa.

Quem se utiliza dos novos equipamentos afirma sentir a diferença na cidade. Fã do cantor britânico Paul McCartney e já tendo viajado às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo para acompanhá-lo, a administradora Cristina Fontenele, 50, jamais imaginou que o seu maior ídolo pudesse vir a Fortaleza para um dos shows da turnê. Isso foi possível devido à inauguração da Arena Castelão, a primeira do País a ficar pronta para a Copa do Mundo de 2014. "Além de importantes campeonatos de futebol, agora temos a chance de receber mais eventos internacionais como esse. Isso também estimula o turismo na cidade, e com o antigo Castelão isso não seria possível", analisa.

No trajeto diário para o trabalho, o gestor de tecnologia Vanduy Queiroz, 30, afirma ter deixado de rodar pela Avenida Paulino Rocha, sua principal via de acesso, por conta das imperfeições. Ele diz que preferiu mudar a rota, mesmo tendo que aumentar em 5 Km seu percurso total, para fugir de buracos e grandes engarrafamentos. "Além da malha viária ser muito ruim, chegava a ficar parado cerca de 20 minutos em frente ao Castelão por causa da rotatória".

Agora, diz ele, a situação é bem melhor. Com a via e a rotatória reformadas, além do reforço do túnel, voltou a passar pelo local e se mostra satisfeito com o resultado. "Fiz o teste assim que liberaram e está fantástico. Na ida ao trabalho, passo pela rotatória e na volta pelo túnel e em nenhum caso pego congestionamento". Contudo, Vanduy lamenta que aquele tenha sido apenas um dos diversos pontos críticos da cidade a ser reformado. "Foram poucos locais levados em consideração, mas de qualquer forma, já é um ganho para nós", comenta.
FONTE Miséria