Fortaleza tem alto índice de exploração sexual infantil. Basta dar uma volta nos entornos da Arena Castelão, palco dos jogos da Copa do Brasil, para encontrar diversas crianças e adolescentes recebendo trocados para se prostituir. Foi o que mostrou a reportagem da CNN, canal a cabo norte-americano.
Além do Castelão, outros locais que são pontos de exploração sexual são: Barra do Ceará, Praia do Futuro e Praia de Iracema. “Na Praia de Iracema é mais velado, mas disfarçado. Mas nos outros cantos é a olho nu. Você passa por ali e vê”, enfatizou Cecília Gois, assessora comunitária do Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (Cedeca).
No Castelão, há uma espécie de acordo entre travestis e adolescentes sobre o horário. Durante a noite, travestis se prostituem nas imediações do estádio, deixando o resto do dia para quem quiser. Dessa forma, crianças e adolescente são alvos em plena luz do dia.
De acordo com a titular da Delegacia do Combate de Exploração de Crianças e Adolescentes (Dececa), Ivana Timbó, houve uma blitz durante a madrugada da última sexta-feira (4) para fechar possíveis prostíbulos e resgatar vítimas. Além disso, as delegacias estão trabalhando juntas nesta ação. “O problema é que há poucas denúncias e as adolescentes ou crianças não se sentem vítimas da situação”, explicou.
Além do Castelão, outros locais que são pontos de exploração sexual são: Barra do Ceará, Praia do Futuro e Praia de Iracema. “Na Praia de Iracema é mais velado, mas disfarçado. Mas nos outros cantos é a olho nu. Você passa por ali e vê”, enfatizou Cecília Gois, assessora comunitária do Centro de Defesa de Crianças e Adolescentes (Cedeca).
No Castelão, há uma espécie de acordo entre travestis e adolescentes sobre o horário. Durante a noite, travestis se prostituem nas imediações do estádio, deixando o resto do dia para quem quiser. Dessa forma, crianças e adolescente são alvos em plena luz do dia.
De acordo com a titular da Delegacia do Combate de Exploração de Crianças e Adolescentes (Dececa), Ivana Timbó, houve uma blitz durante a madrugada da última sexta-feira (4) para fechar possíveis prostíbulos e resgatar vítimas. Além disso, as delegacias estão trabalhando juntas nesta ação. “O problema é que há poucas denúncias e as adolescentes ou crianças não se sentem vítimas da situação”, explicou.
Reincidência e atendimento
Os motivos que levam meninos e meninas dessa faixa etária para as ruas em troca de dinheiro são, geralmente, relacionados com a renda. Muitas vezes, os pais ou parentes próximos é que incentivam essa prática, chegando a obrigá-los a se prostituir.
“Sabemos que tem meninas que vão para casa a casa [após ficarem nos abrigos] e voltam [para as ruas]. Elas acabam acessando a rede várias vezes. Acaba reincidindo sim, porque há muita pobreza, falta de acesso aos direitos básicos. Isso contribui e estimula essa situação de Fortaleza, que não está fácil”, desabafou Cecília.
Ela ainda apontou que as políticas públicas para o combate da exploração sexual piorou em Fortaleza. “A cada ano que passa, o programa da Rede Aquarela tem o orçamento reduzido. Dessa vez, foi cerca de 20%. E isso é um retrocesso. O orçamento vem de recursos nacionais e municipais”.
Matéria internacional
Repórter da CNN percorreu o perímetro do Castelão e encontrou com diversos personagens em tal situação. Além disso, em seu relato, ressalta que não foi atendimento pelas autoridades municipais, sendo somente recebido por entidades sem fins lucrativos, como o Pequeno Nazareno e congregação católica Irmãs da Redenção, que cuidam das vítimas da exploração dentre outros problemas.
Sobre a situação da Copa, há possibilidade do aumento de crianças e adolescentes nas ruas da capital cearense, tendo em vista o grande número de visitantes. Cerca de 600 mil estrangeiros são esperados. De um lado, explorados criam expectativas em lucrar em cima de cada interessados na prostituição. Do outro, o governo tenta amenizar a imagem negativa e ressaltar as belezas naturais. Somente após a Copa, os fortalezenses saberão as verdadeiras consequências.
Fonte: Tribuna do Ceará
Os motivos que levam meninos e meninas dessa faixa etária para as ruas em troca de dinheiro são, geralmente, relacionados com a renda. Muitas vezes, os pais ou parentes próximos é que incentivam essa prática, chegando a obrigá-los a se prostituir.
“Sabemos que tem meninas que vão para casa a casa [após ficarem nos abrigos] e voltam [para as ruas]. Elas acabam acessando a rede várias vezes. Acaba reincidindo sim, porque há muita pobreza, falta de acesso aos direitos básicos. Isso contribui e estimula essa situação de Fortaleza, que não está fácil”, desabafou Cecília.
Ela ainda apontou que as políticas públicas para o combate da exploração sexual piorou em Fortaleza. “A cada ano que passa, o programa da Rede Aquarela tem o orçamento reduzido. Dessa vez, foi cerca de 20%. E isso é um retrocesso. O orçamento vem de recursos nacionais e municipais”.
Matéria internacional
Repórter da CNN percorreu o perímetro do Castelão e encontrou com diversos personagens em tal situação. Além disso, em seu relato, ressalta que não foi atendimento pelas autoridades municipais, sendo somente recebido por entidades sem fins lucrativos, como o Pequeno Nazareno e congregação católica Irmãs da Redenção, que cuidam das vítimas da exploração dentre outros problemas.
Sobre a situação da Copa, há possibilidade do aumento de crianças e adolescentes nas ruas da capital cearense, tendo em vista o grande número de visitantes. Cerca de 600 mil estrangeiros são esperados. De um lado, explorados criam expectativas em lucrar em cima de cada interessados na prostituição. Do outro, o governo tenta amenizar a imagem negativa e ressaltar as belezas naturais. Somente após a Copa, os fortalezenses saberão as verdadeiras consequências.
Fonte: Tribuna do Ceará