Desde que a cloroquina foi aventada como medicação auxiliar no tratamento da Covid-19, o governo brasileiro distribuiu o medicamento a praticamente todos os estados, sendo que dez deles receberam acima de 50 mil comprimidos, num total de 2.932.000 comprimidos. São Paulo, epicentro da doença no Brasil, recebeu até agora 986 mil comprimidos. Para o Ceará, segundo estado em número de infectados por coronavírus, foram enviados 302 mil unidades, e para o Rio de Janeiro, 224 mil, destaca o Portal R7.
A expectativa é que esta semana o Ministério da Saúde mude a orientação e passe a permitir o uso da Cloroquina também para paciente iniciais da Covid-19. O protocolo atual orienta a aplicação a pacientes em estado moderado ou grave da Covid-19, sob algumas condições. O Conselho Federal de Medicina faculta o uso do medicamento no início dos sintomas, desde que o médico informe o paciente que “não existe nenhum benefício provado dessa droga, explicando também os riscos que ela apresenta”, segundo o presidente do CFM, Mauro Ribeiro. Entre os principais efeitos colaterais da Cloroquina está a arritmia cardíaca.
A determinação para que os laboratórios das Forças Armadas ampliassem a produção partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro, em 23 de março. O laboratório do Exército detém o registro da Cloroquina. O reforço na fabricação permitiu a produção de até dois lotes por semana, alçando 500 mil comprimidos. Para isso foi preciso suspender ou adiar a fabricação de outros medicamentos que abastecem o SUS. Os 21 laboratórios oficiais fabricam 30% dos remédios adotados no sistema público de saúde.
Blog; Erivando Lima \ SOBRAL 24 HORAS