Retorno depende do plano de retomada econômica do governo, ainda em fase de conclusão.
As escolas particulares no Ceará já planejam o retorno gradual das atividades presenciais, a depender do plano de retomada do governo estadual, ainda em fase de conclusão. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), Airton Oliveira, o retorno às salas de aula deve começar no dia 17 de junho para o ensino infantil; 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental I; e 3º ano do ensino médio.
(CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o G1 informou que a retomada das atividades estava prevista para julho, de acordo com o Sinepe-CE. Horas depois, a entidade voltou atrás e afirmou que a retomada deve acontecer em junho. A informação foi corrigida às 13h59.)
O governador do Ceará Camilo Santana afirmou, na tarde deste sábado (23), que planeja reabrir as atividades econômicas a partir de 1º de junho, um dia após o fim do decreto de isolamento social rígido em Fortaleza e nos demais municípios. As fases e setores que serão priorizados no projeto estão sendo estudados.
Com o plano de reabertura econômica no Ceará, o presidente do Sinepe-CE lembra que os pais precisarão trabalhar e não terão com quem deixar as crianças. "Com as primeiras fases do plano de retorno das atividades, os pais precisam trabalhar. E é esse público menor que os pais não tem com quem deixar em casa, além de serem aqueles com o menor número de casos de Covid-19", afirma. As demais séries devem continuar com aulas remotas até agosto.
De acordo com Airton Oliveira, a volta gradual por série é uma estratégia interessante por proporcionar o retorno com um número menor de alunos na escola.
"Estamos elaborando esse plano há 30 dias, levantando tópicos muito importantes como os protocolos de higienização, tempos de recreio e de aula, distanciamento, as atividades de contato ficarão suspensas, como escolinha, jogos, atividades esportivas", detalha.
Antecipação de férias
No fim de março deste ano, o sindicato recomendou que as escolas antecipassem as férias como forma de prevenir a disseminação do novo coronavírus. A recomendação previa que creches, berçários, turmas de ensino fundamental I e de ensino integral tivessem férias entre 1º e 30 de abril, enquanto os alunos do ensino fundamental II e ensino médio teriam férias de 13 a 30 de abril.
Apesar da recomendação, a antecipação ficou a critério de cada escola. Pelo menos seis estabelecimentos aderiram ao modelo proposto pelo Sinepe-CE e outras mantiveram o ensino virtualmente.
No início de maio, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou lei, sancionada pelo governador Camilo Santana (PT), que instituiu a diminuição escalonada dos valores das mensalidades das escolas particulares do estado, com percentuais que vão de 5% a 30% de desconto. A legislação abrange educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, cursos presenciais e semipresenciais do ensino superior e ensino profissional.
Após a aprovação, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para tentar derrubar a lei estadual.
Fonte: G1