A finalíssima da Série C 2017 começou! Diante de um Castelão com 44.778 pessoas, o Fortaleza entrou em campo buscando seu primeiro título nacional da história e acabou perdendo por 2 a 1 para o CSA/AL neste sábado (14). O Azulão marcou aos 38 do primeiro tempo com Michel Douglas e ampliou na etapa final em jogada de Edinho que resultou em gol contra de Pablo. O Tricolor descontou com Gabriel Pereira, aos 43 da etapa final.
Os outros 90 minutos da decisão serão jogados no Estádio Rei Pelé, em Maceió/AL, no próximo sábado (21). Para pensar em título, o time cearense precisa vencer por dois gols de diferença ou repetir o placar do 1º jogo para chegar aos pênaltis. Mais que um embate, Fortaleza e CSA escrevem um novo capítulo do Nordeste na história do futebol brasileiro. A final entre as duas equipes é apenas a segunda da Série C envolvendo times da região. Criada em 1981, a Terceirona só conheceu uma decisão nordestina em 2013, quando o Santa Cruz/PE sagrou-se campeão diante do Sampaio Corrêa.
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O jogo
Fortaleza e CSA/AL não abdicaram de jogar e investirem em lances de velocidade no início do confronto. Pelo lado azulino, Edinho era o responsável por puxar os contra-ataques da equipe, sempre levando perigo para o defesa tricolor. Já no Tricolor, o atacante Jô, substituto do lesionado Éverton, foi muito acionado.
O primeiro grande lance, no entanto, surgiu dos pés de Bruno Melo, aos 5. O lateral cobrou falta no canto esquerdo do goleiro Mota, que espalmou para lateral. O arqueiro azulino ainda ia voltar a trabalhar, dessa vez aos 14, quando Leandro Cearense girou sobre a marcação, invadiu a área e chutou firme, exigindo uma nova intervenção.
Apesar de maior domínio de ações, a posse de bola tricolor não era convertida em chances reais de gol. Leandro Lima articulava bem as jogadas, mas os homens de frente desperdiçaram muitas chances. Enquanto isso, sempre armado para o contra-golpe, o CSA era municiado por Daniel Costa, que acelarava a transição de jogo do time alagoano.
Em uma jogada de velocidade, o meia azulino lançou Dawhan dentro da área. O volante descolou um cruzamento para Michel Douglas ganhar de Felipe no alto e testar para o fundo das redes, aos 38, marcando seu 8ª gol na competição. Na sequência, o Fortaleza
pressionou, até tentou chegou dentro da área, mas não foi suficiente.
Para o segundo tempo, Zago mandou à campo Ronny, sacando do time Hiago, ainda no intervalo. Com a mexida, o Tricolor passou a levar mais perigo na bola parada. O próprio meio chegou a cobrar cinco escanteios seguidos, mas as jogadas eram facilmente interceptadas pela defesa do Azulão.
A pressão surtia efeito e anulava o ímpeto do CSA. Aos 11, Jô conseguiu um cruzamento primoroso para Ligger dividir com Mota embaixo da trave e mandar cabeçada para fora. Foi o lance de maior perigo do Tricolor até então.
Com o desespero pelo resultado, o Fortaleza liberou espaços ao visitante. Aproveitando essas brechas na defesa, Edinho ganhou de Ligger na velocidade e cruzou rasteiro para Pablo mandar um carrinho contra o próprio patrimônio, gol contra do Fortaleza, aos 17 da etapa final.
Depois do tento, o que se viu foi uma troca de passes sem efetividade. O Tricolor ainda chegou ao gol, após passe de Ronny para Gabriel Pereira finalizar mascado e a bola enganar o goleiro Mota, mas o relógio já assinalava 43 minutos do segundo tempo. Apesar dos quatro de acréscimo, faltou fôlego ao time, que viu o CSA/AL fazer a festa e largar na frente na decisão.
Recorde
O primeiro jogo da finalíssima da Terceirona, disputada entre Fortaleza e CSA na Arena Castelão, registrou o maior público do futebol cearense no ano de 2017. Um total de 44.778 espectadores acompanharam a vitória do Tricolor de Aço sobre o time alagoano. Até então, o recorde era da partida entre Ceará e Londrina, válido pela Série B do Brasileirão, com 40,2 mil pagantes.
A festa na arquibancada ainda foi maior porque a torcida do Leão organizou um mosaico no estádio. Foi a maior peça do gênero já vista em estádios brasileiros. O clube também preparou um momento especial ao tocar o seu hino aos sons de um piano e uma sanfona antes da partida.
Mosaico
Red; DN