Um ex-militar e empresário foi preso, na última terça-feira (14), por guardar mais de 500Kg de material explosivo, em uma residência, no bairro Quintino Cunha. O produto guardado ilegalmente era capaz de manter uma pedreira em funcionamento pleno por sete meses, conforme cálculo feito pelo Exército Brasileiro (EB).
Após denúncias anônimas e investigações realizadas pela Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Coin) e pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), militares do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) foram até a casa, localizada na Avenida Independência, e entraram no domicílio. Houve negociação com o suspeito e seu advogado, para que entrada fosse permitida.
No local, a PM prendeu José Javando Linhares Filho, 32, e apreendeu cerca de 200Kg do explosivo conhecido como Anfo (abreviação de Ammonium Nitrate Fuel Oil - óleo combustível nitrato de amônio, traduzido do inglês); mais de 200 cartuchos de dinamites; e centenas de espoletas e cordéis detonantes, somando mais de 500Kg de materiais explosivos. "Tudo isso faz parte de uma cadeia para acionar o Anfo, que é um explosivo de muita potência usado em pedreiras, para desmanche de rochas", explicou o comandante do BPChoque, tenente-coronel Henrique Bezerra.
Empresário
José Javando afirmou à Polícia, que é dono de uma empresa que utiliza explosivos para furar o solo e instalar postes. Ele apresentou documentações que comprovam o exercício legal da atividade e o endereço fixo da empresa, na Avenida Santos Dumont, segundo informações do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 10ª Região do Exército.
Entretanto, o ex-militar cometeu dois erros, que levantaram suspeita da Polícia e resultaram na prisão. "O material estava armazenado em local inadequado, na casa dele, causando riscos para ele e para os vizinhos. Isso não é permitido, o correto é armazenar em paiol. E, para o Exército Brasileiro, ele havia informado que tinha utilizado todo o artefato na sua atividade empresarial. Pela legislação, a parte que ele não usou no serviço teria que ser destruída. Ele confessa que não destruiu e armazenava para 'outros trabalhos'", explicou o delegado adjunto da DRF, Eduardo Tomé.
Tendo servido ao Exército Brasileiro por sete anos e sem antecedentes criminais até então, José Javando foi autuado na DRF pelo crime de posse de artefatos explosivos, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Ataques a bancos
A partir da prisão de José Javando e da apreensão dos explosivos, a DRF instaurou inquérito para investigar o destino do produto e a possível ligação do suspeito com outros criminosos. Uma das principais suspeitas da Especializada é de que os explosivos eram comercializados para a utilização em ataques a banco, já que o ex-militar não soube explicar porque os guardava em casa.
"A investigação vai ser aprofundada. Há várias ocorrências, aqui no Ceará e no Brasil, que esse artefato é utilizado por organizações criminosas para explosões de caixas eletrônicos e de carros-fortes", relacionou Eduardo Tomé. O delegado adjunto da DRF estipulou que o material explosivo poderia ser vendido por cerca de meio milhão de reais para criminosos, mas ressaltou que os explosivos ainda serão analisados pela Perícia.
Fonte DN
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