-->

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Professores do Estado mantêm paralisação

O encontro da categoria ocorreu na tarde de ontem, no Ginásio Paulo Sarasate, e reuniu cerca de 1.400 professores, conforme o sindicato ( FOTO: HELENE SANTOS )

Cerca de 1.400 professores da rede estadual se reuniram, ontem, em nova assembleia da categoria, no Ginásio Paulo Sarasate, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, e decidiram manter a greve, que já dura 52 dias. Estudantes que estão ocupando as escolas municipais estiveram no local em apoio aos professores.

Em decisão unânime, os professores que estavam no local rejeitaram a proposta feita pelo Governador do Estado Camilo Santana, que oferece reajuste salarial de zero a 2%. "Nós já tivemos algumas conquistas, pois o movimento está sendo intenso com a grande paralisação dos professores e também a participação dos alunos. Mas quando chegamos na questão do reajustes, o que o Governo ofereceu foi inaceitável. Nós queremos ganhos reais, precisamos de propostas que atendam a toda a classe", diz a professora Lilia Costa.

Há 31 dias, no entanto, a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). Entre a pauta, os professores da rede reivindicam um reajuste salarial de 12,76%; a realização de eleições diretas para gestores em todas as escolas; o fim dos assédios morais nas escolas; uma educação pública de qualidade e a e efetivação dos professores temporários.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Ceará (Apeoc), Reginaldo Pinheiro, a proposta do Governo de aumento entre 0% e 8%, que não contempla a todos os profissionais, além de ser abaixo da inflação de 2015, foi rechaçada pela categoria.

Negociações

"A greve continua por tempo indeterminado. Buscamos abertura nas negociações. Já houve alguns avanços em relação à verba suplementar para a alimentação dos alunos, a compra de computadores e a volta do programa Professor Coordenador de Área, mas em relação à remuneração, que é a nossa principal reivindicação, não houve progresso".

Diário do Nordeste