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| O desabamento da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha teve início no teto de uma das salas de aula do colégio e se estendeu até a área de recreação, onde estava boa parte das crianças por volta das 14h ( FOTO: FERNANDA SIEBRA ) |
O toque para o início do turno da tarde acabara de soar quando parte do telhado da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha, no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza, veio ao chão. Conforme testemunhas, o desabamento teve início no teto de uma das salas de aula e se estendeu até a área de recreação, onde estava boa parte das crianças por volta das 14h. A fatalidade deixou, pelo menos, cinco estudantes feridos. Destes, três foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Itaperi e para o Instituto Dr. José Frota (IJF).
Segundo a assessoria da UPA, duas crianças do sexo feminino, ambas com nove anos de idade, deram entrada na unidade do Itaperi. Apesar de não apresentarem lesões aparentes, as meninas se queixavam de fortes dores de cabeça, e foram transferidas para o IJF. Conforme a assessoria do Instituto, ao todo, três crianças foram atendidas no hospital. Destas, duas foram liberadas e uma permanecia em atendimento, até a noite de ontem, sendo submetida a exames. As vítimas foram identificadas pela população como: Caio, Pâmela, Dafini, Kayane e Íris Oliveira.
Assustadas ao verem os colegas feridos, muitas crianças permaneceram em frente ao colégio acompanhadas por familiares que demonstravam revolta com relação à precariedade da estrutura do edifício. "Essa escola entrou em reforma há pouco tempo, mas ninguém sabe que reforma foi essa. Hoje, eles estudando, desabou o telhado da sala. A sorte que eles estavam no pátio, e mesmo assim se machucaram. Imagine se estivessem na sala de aula. Teve uma criança que ficou embaixo dos escombros. Eu, como mãe, não acho justo que as crianças estejam estudando em uma escola como essa. Quando chove, as paredes até dão choque", revelou Cíntia Henrique, mãe de três filhos que estudam na Escola de Ensino Fundamental Santa Terezinha.
Ao relembrar o acontecido, a filha de Cíntia, Cássia Eller Henrique, 10, relatou ter visto seus colegas serem atingidos pelos destroços. "Estava todo mundo brincando. Quando a gente passou, o telhado da quadra caiu por cima de cinco crianças. Eu vi que uma ficou com prego na cabeça, outro com a cabeça sangrando, outro ficou com uma tábua por cima da cintura. Aí chegou o bombeiro e foi tirar eles. Eu to preocupada com meus amigos, que Deus abençoe eles", disse a aluna de 10 anos.
Na calçada da escola ainda estava uma das alunas, Íris Oliveira. Aos 8 anos, a menina foi uma das vítimas de um dia atípico no colégio. Já mais calma após receber atendimento na ambulância, ela mostrava a lateral dos seus olhos e seus joelhos, ambos com ferimentos. "Quase machuca dentro do meu olho. Tinha uma corda amarrada na coluna quando ela desabou em cima da gente. Minha amiga saiu muito ferida, ela estava com o braço quebrado. Também quebrou uma telha em cima do meu amigo e a farda dele ficou suja com muito sangue", revelou.
Estrutura
Acompanhando a menina estava sua tia, Carla Oliveira, que também avaliou como ruim a estrutura do colégio. "Eles reformaram um tempo desse, mas as aulas voltaram antes do previsto para terminar a reforma. Ninguém entendeu o que foi reformado. Hoje, foi questão de pouco tempo depois da minha sobrinha ter ido para o colégio e ter acontecido isso. Ela ficou muito nervosa, mas achamos melhor não levar ao hospital. Foi medicada aqui mesmo", disse Carla.
A direção da Escola Municipal Santa Terezinha optou por não conceder entrevista. Em resposta, a Secretaria Municipal da Educação (SME) informou que o acidente ocorreu durante a recreação, quando os alunos envolvidos amarraram uma corda em colunas estruturais, na tentativa de praticar o esporte slackline. Questionada sobre as reformas feitas no equipamento, a Pasta não emitiu respostas até o fechamento desta edição.
Após o acidente, também estiveram no local funcionários da Defesa Civil. De acordo com o órgão, os agentes apenas acompanharam os técnicos engenheiros da SME, que já se encontravam analisando o espaço destruído. Nenhum laudo acerca do ocorrido foi emitido até o momento. Conforme a SME, foi acionada uma construtora para realizar os reparos necessários no espaço para que ele volte a ser utilizado. A Pasta municipal ressalta ainda que as aulas na escola serão retomadas já hoje (15).
Diário do Nordeste
Segundo a assessoria da UPA, duas crianças do sexo feminino, ambas com nove anos de idade, deram entrada na unidade do Itaperi. Apesar de não apresentarem lesões aparentes, as meninas se queixavam de fortes dores de cabeça, e foram transferidas para o IJF. Conforme a assessoria do Instituto, ao todo, três crianças foram atendidas no hospital. Destas, duas foram liberadas e uma permanecia em atendimento, até a noite de ontem, sendo submetida a exames. As vítimas foram identificadas pela população como: Caio, Pâmela, Dafini, Kayane e Íris Oliveira.
Assustadas ao verem os colegas feridos, muitas crianças permaneceram em frente ao colégio acompanhadas por familiares que demonstravam revolta com relação à precariedade da estrutura do edifício. "Essa escola entrou em reforma há pouco tempo, mas ninguém sabe que reforma foi essa. Hoje, eles estudando, desabou o telhado da sala. A sorte que eles estavam no pátio, e mesmo assim se machucaram. Imagine se estivessem na sala de aula. Teve uma criança que ficou embaixo dos escombros. Eu, como mãe, não acho justo que as crianças estejam estudando em uma escola como essa. Quando chove, as paredes até dão choque", revelou Cíntia Henrique, mãe de três filhos que estudam na Escola de Ensino Fundamental Santa Terezinha.
Ao relembrar o acontecido, a filha de Cíntia, Cássia Eller Henrique, 10, relatou ter visto seus colegas serem atingidos pelos destroços. "Estava todo mundo brincando. Quando a gente passou, o telhado da quadra caiu por cima de cinco crianças. Eu vi que uma ficou com prego na cabeça, outro com a cabeça sangrando, outro ficou com uma tábua por cima da cintura. Aí chegou o bombeiro e foi tirar eles. Eu to preocupada com meus amigos, que Deus abençoe eles", disse a aluna de 10 anos.
Na calçada da escola ainda estava uma das alunas, Íris Oliveira. Aos 8 anos, a menina foi uma das vítimas de um dia atípico no colégio. Já mais calma após receber atendimento na ambulância, ela mostrava a lateral dos seus olhos e seus joelhos, ambos com ferimentos. "Quase machuca dentro do meu olho. Tinha uma corda amarrada na coluna quando ela desabou em cima da gente. Minha amiga saiu muito ferida, ela estava com o braço quebrado. Também quebrou uma telha em cima do meu amigo e a farda dele ficou suja com muito sangue", revelou.
Estrutura
Acompanhando a menina estava sua tia, Carla Oliveira, que também avaliou como ruim a estrutura do colégio. "Eles reformaram um tempo desse, mas as aulas voltaram antes do previsto para terminar a reforma. Ninguém entendeu o que foi reformado. Hoje, foi questão de pouco tempo depois da minha sobrinha ter ido para o colégio e ter acontecido isso. Ela ficou muito nervosa, mas achamos melhor não levar ao hospital. Foi medicada aqui mesmo", disse Carla.
A direção da Escola Municipal Santa Terezinha optou por não conceder entrevista. Em resposta, a Secretaria Municipal da Educação (SME) informou que o acidente ocorreu durante a recreação, quando os alunos envolvidos amarraram uma corda em colunas estruturais, na tentativa de praticar o esporte slackline. Questionada sobre as reformas feitas no equipamento, a Pasta não emitiu respostas até o fechamento desta edição.
Após o acidente, também estiveram no local funcionários da Defesa Civil. De acordo com o órgão, os agentes apenas acompanharam os técnicos engenheiros da SME, que já se encontravam analisando o espaço destruído. Nenhum laudo acerca do ocorrido foi emitido até o momento. Conforme a SME, foi acionada uma construtora para realizar os reparos necessários no espaço para que ele volte a ser utilizado. A Pasta municipal ressalta ainda que as aulas na escola serão retomadas já hoje (15).
Diário do Nordeste
