Camilo Santana e Zezinho Albuquerque receberam as cartas enviadas pelo PCC e estão ameaçados após a aprovação da lei que determina bloqueio de celulares nos presídios |
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o presidente da Assembleia Legislativa (AL), deputado estadual Zezinho Albuquerque (PDT), receberam cartas de uma facção criminosa em que esta faz ameaça direta aos dois gestores sobre retaliações que o Estado pode sofrer caso mantenha em vigor a lei que determina o bloqueio de celulares nos presídios. O fato ocorreu um dia após a localização de um carro-bomba na porta da AL.
A carta está sob sigilo. Mas seu teor deve ser o mesmo de postagens feitas nas redes sociais em que bandidos que se intitulam de “O Crime no Ceará” ordenam que Santana e Zezinho revoguem imediatamente a lei dos bloqueadores, aprovada pela Assembleia há cerca de 20 dias naquela Casa Legislativa.
Ainda ontem, Albuquerque procurou, apavorado, o Chefe do Executivo no Palácio da Abolição e também manteve contato telefônico com o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, delegado federal Delci Teixeira, a quem pediu ajuda.
Ainda transtornado com a notícia sobre o carro-bomba deixado na porta da AL, o presidente da Casa se apressou em dizer para os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Legislativo Estadual que a segurança da instituição (formada por policiais militares) não teve nenhuma falha no episódio. Ao contrário, segundo ele. Teria agido de forma rápida e eficiente, localizando o carro-bomba antes que houve a detonação dos explosivos.
Facções criminosas
Sobre as cartas, os deputados estaduais poderão realizar, ainda nesta quarta-feira, uma sessão secreta para que todos saibam do teor delas. Os líderes partidários cobraram, ontem, a presença do secretário Delci Teixeira para que este venha a dar explicações sobre o que está acontecendo e se procede a informação de que facções criminosas estariam dispostas a enfrentar as forças policiais do Estado como retaliação ao bloqueio do sinal de celulares nos presídios da Grande Fortaleza.
Na semana passada, através de uma manobra regimental, a bancada governista na Assembleia não votou um requerimento em que foi solicitada a presença de Delci Teixeira na Casa para dar esclarecimentos sobre o crescimento da violência armada no estado e a presença de facções criminosas na Capital, fato negado insistentemente pelo governador, que proibiu Delci e demais integrantes da cúpula da Segurança Pública de falar sobre o assunto.
Os governistas se retiraram do Plenário, impedindo a votação da matéria por falta de quórum. Porém, no mesmo dia, a Polícia Federal prendeu em Fortaleza o “número dois” na hierarquia da facção criminosa PCC. Trata-se de um irmão de Marcos William Herbas Camacho, o “Marcola”, líder da organização criminosa em todo o País.
Blog do Fernando Ribeiro
A carta está sob sigilo. Mas seu teor deve ser o mesmo de postagens feitas nas redes sociais em que bandidos que se intitulam de “O Crime no Ceará” ordenam que Santana e Zezinho revoguem imediatamente a lei dos bloqueadores, aprovada pela Assembleia há cerca de 20 dias naquela Casa Legislativa.
Ainda ontem, Albuquerque procurou, apavorado, o Chefe do Executivo no Palácio da Abolição e também manteve contato telefônico com o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, delegado federal Delci Teixeira, a quem pediu ajuda.
Ainda transtornado com a notícia sobre o carro-bomba deixado na porta da AL, o presidente da Casa se apressou em dizer para os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Legislativo Estadual que a segurança da instituição (formada por policiais militares) não teve nenhuma falha no episódio. Ao contrário, segundo ele. Teria agido de forma rápida e eficiente, localizando o carro-bomba antes que houve a detonação dos explosivos.
Facções criminosas
Sobre as cartas, os deputados estaduais poderão realizar, ainda nesta quarta-feira, uma sessão secreta para que todos saibam do teor delas. Os líderes partidários cobraram, ontem, a presença do secretário Delci Teixeira para que este venha a dar explicações sobre o que está acontecendo e se procede a informação de que facções criminosas estariam dispostas a enfrentar as forças policiais do Estado como retaliação ao bloqueio do sinal de celulares nos presídios da Grande Fortaleza.
Na semana passada, através de uma manobra regimental, a bancada governista na Assembleia não votou um requerimento em que foi solicitada a presença de Delci Teixeira na Casa para dar esclarecimentos sobre o crescimento da violência armada no estado e a presença de facções criminosas na Capital, fato negado insistentemente pelo governador, que proibiu Delci e demais integrantes da cúpula da Segurança Pública de falar sobre o assunto.
Os governistas se retiraram do Plenário, impedindo a votação da matéria por falta de quórum. Porém, no mesmo dia, a Polícia Federal prendeu em Fortaleza o “número dois” na hierarquia da facção criminosa PCC. Trata-se de um irmão de Marcos William Herbas Camacho, o “Marcola”, líder da organização criminosa em todo o País.
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