Numa de suas declarações mais duras contra o impeachment, o governador Camilo Santana (PT) saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff e chamou o vice Michel Temer (PMDB) de golpista, em manifestação contra o afastamento da petista em Fortaleza, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, ontem.
“Isso é uma vergonha para o Brasil. Um partido aliado há tantos anos, em três minutos, sair do governo, com a única e exclusiva intenção de o vice-presidente dar um golpe na presidente Dilma. Isso é inaceitável”, disse Camilo a uma multidão na Praça Almirante Saldanha. Em todo o País, pessoas foram às ruas contra o impeachment da presidente.
Cerca de 10 mil manifestantes participaram de ato na Capital, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A organização do protesto estimou o total de pessoas em 50 mil. O ato partiu da Praça Clóvis Beviláqua, no Centro, em direção ao Dragão do Mar, na Praia de Iracema. O evento começou às 15 horas e se estendeu até as 19h30min.
“Esse é o momento de unir o País. Não tenho dúvida de que vamos sair mais fortes. Nós acreditamos na Justiça, mas fundamentalmente na mobilização do povo brasileiro”, prosseguiu Camilo, ao lado do ex-ministro da Educação de Dilma Cid Gomes (PDT).
O governador afirmou ainda que a saída do PMDB da base do governo, na última terça-feira, abriu oportunidade para que o Planalto se renove. Para ele, a baixa fidelidade da sigla em votação não correspondia ao espaço que ocupava na gestão.
O petista disse também que não se tratava de defender as cores de um partido, mas a democracia. “Eu sou governador de todos os cearenses. Estou aqui em defesa da democracia.”
Dividindo o palco montado na praça, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), convidou os manifestantes a engrossarem o ato marcado para amanhã, também em Fortaleza, com a presença do ex-presidente Lula.
“A oposição, liderada pelo golpista Michel Temer, não tem os 342 votos que eles imaginam ter (para aprovar o impeachment)”, disse
Guimarães.
“Qualquer coisa no lugar da Dilma hoje, como Michel Temer, é muito pior do que ela. A gente tem que lutar na rua e no dia a dia, convencendo as pessoas de que o Brasil está vivendo um momento difícil, mas tirar a Dilma e colocar Temer não vai resolver isso. Entregar ao Michel é entregar ao que há de pior na política nacional”, completou Cid Gomes.
A capital cearense concentrou ontem três manifestações. Uma delas, na Praça do Ferreira, celebrava o golpe militar de 31 de março de 1964. Com bandeiras do Brasil, o grupo discursava sobre “a revolução” e contra as “ditaduras fascistas e comunistas”.
Na Praça do Carmo, a Frente Povo Sem Medo, encabeçada pelo Psol e o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), fazia críticas ao governo, mas rejeitava o impeachment. “É importante destacar que não viemos defender o governo e sim a democracia”, disse a jornalista Helena Martins. O grupo se juntaria à Frente Brasil Popular, ao lado de CUT e PT, saindo da Praça Clóvis Beviláqua até a Praia de Iracema.
Isabel Filgueiras
isabelf@opovo.com.br
“Isso é uma vergonha para o Brasil. Um partido aliado há tantos anos, em três minutos, sair do governo, com a única e exclusiva intenção de o vice-presidente dar um golpe na presidente Dilma. Isso é inaceitável”, disse Camilo a uma multidão na Praça Almirante Saldanha. Em todo o País, pessoas foram às ruas contra o impeachment da presidente.
Cerca de 10 mil manifestantes participaram de ato na Capital, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A organização do protesto estimou o total de pessoas em 50 mil. O ato partiu da Praça Clóvis Beviláqua, no Centro, em direção ao Dragão do Mar, na Praia de Iracema. O evento começou às 15 horas e se estendeu até as 19h30min.
“Esse é o momento de unir o País. Não tenho dúvida de que vamos sair mais fortes. Nós acreditamos na Justiça, mas fundamentalmente na mobilização do povo brasileiro”, prosseguiu Camilo, ao lado do ex-ministro da Educação de Dilma Cid Gomes (PDT).
O governador afirmou ainda que a saída do PMDB da base do governo, na última terça-feira, abriu oportunidade para que o Planalto se renove. Para ele, a baixa fidelidade da sigla em votação não correspondia ao espaço que ocupava na gestão.
O petista disse também que não se tratava de defender as cores de um partido, mas a democracia. “Eu sou governador de todos os cearenses. Estou aqui em defesa da democracia.”
Dividindo o palco montado na praça, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), convidou os manifestantes a engrossarem o ato marcado para amanhã, também em Fortaleza, com a presença do ex-presidente Lula.
“A oposição, liderada pelo golpista Michel Temer, não tem os 342 votos que eles imaginam ter (para aprovar o impeachment)”, disse
Guimarães.
“Qualquer coisa no lugar da Dilma hoje, como Michel Temer, é muito pior do que ela. A gente tem que lutar na rua e no dia a dia, convencendo as pessoas de que o Brasil está vivendo um momento difícil, mas tirar a Dilma e colocar Temer não vai resolver isso. Entregar ao Michel é entregar ao que há de pior na política nacional”, completou Cid Gomes.
A capital cearense concentrou ontem três manifestações. Uma delas, na Praça do Ferreira, celebrava o golpe militar de 31 de março de 1964. Com bandeiras do Brasil, o grupo discursava sobre “a revolução” e contra as “ditaduras fascistas e comunistas”.
Na Praça do Carmo, a Frente Povo Sem Medo, encabeçada pelo Psol e o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), fazia críticas ao governo, mas rejeitava o impeachment. “É importante destacar que não viemos defender o governo e sim a democracia”, disse a jornalista Helena Martins. O grupo se juntaria à Frente Brasil Popular, ao lado de CUT e PT, saindo da Praça Clóvis Beviláqua até a Praia de Iracema.
Isabel Filgueiras
isabelf@opovo.com.br