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sábado, 24 de outubro de 2015

Moradores de Russas têm que pagar caro para conseguir água

Russas. Com abastecimento irregular há mais de um mês, moradores da sede deste Município têm elevado os gastos para sanar as necessidades básicas de água, isso porque a fonte de captação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), no leito do Rio Jaguaribe, baixou e tornou-se insuficiente para o abastecimento. A Companhia informou que o problema deverá ser normalizado gradativamente a partir de hoje.

Á água para os russanos ficou cara, pelo menos na última semana onde todo o centro da cidade reclamou da sua falta. Quem transpõe a passagem molhada sobre o Rio Jaguaribe, na comunidade de Pedro Ribeiro, consegue entender o motivo de tantas reclamações. É que o trecho que era perenizado principalmente pelo Rio Banabuiú baixou, a ponto de a captação da Cagece não conseguir água para o abastecimento da cidade. "O rio tá seco, seco. Se não tem água pra levar pra cidade, imagina pra nós que moramos na zona rural", reclamou o agricultor Nelson da Costa, que tem presenciado as reclamações dos moradores da sede do Município.

Para tentar atender à demanda doméstica e de consumo humano, o jeito encontrado pelos moradores foi comprar, o que impactou no bolso. A secretária Consuela de Souza conta que, desde a última quinta-feira (15), começou a faltar água na rua onde mora, no bairro Catumbela, e que já no sábado, a caixa d'água já estava seca.

"Não pensávamos que essa falta fosse demorar e, no sábado, não tínhamos água pra nada. jeito foi nos socorrermos comprando água e é com ela que estamos fazendo tudo", reclama a secretária.

Ela conta que, nos últimos oito dias, teve que comprar seis galões de água, 20 litros cada, para o consumo dela, do esposo e da filha. "Cada galão custou R$ 4,50, o que já dá R$ 27. É um gasto extra e que, mesmo assim, não atende a toda nossa necessidade", complementa.

Segundo a gerente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Russas (CDL), Maria das Graças dos Santos Teles, o comércio também vem sendo afetado. "Já temos o conhecimento de lojas que estão há dias sem água. Hoje por exemplo, o funcionário de uma loja de construção informou que não há água sequer para lavar as mãos. Outra, que foi ampliada, ainda não realizou a mudança porque não tem água para lavar a nova ala. Infelizmente isso está acontecendo e não sabemos o porquê", afirmou.

Ajuste
Em Nota, a Cagece informou que a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), responsável pela distribuição de água bruta para a Cagece, ajustou a metodologia de abastecimento de Russas para preservar o volume do Castanhão. Acrescentou que essa mudança ocasionou alguns pontos de desabastecimento, citando que o problema não afeta todo o Município. Finalizou informando que a regularização da captação de água bruta deverá ocorrer até hoje e o abastecimento será normalizado gradativamente.

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Como é viver sem água?

"Ficar sem água em casa é pior do que ficar sem comida. Temos que comprar todos os dias
para atender nossas necessidades básicas e não sabemos quando esse tormento vai acabar
de uma vez por todas"

Consuela de Souza
Secretária

"A falta de água está afetando nossos trabalhos. O comércio já enfrenta muitos problemas.
Também afeta nossa família, porque não temos água em casa. Precisamos de uma resposta o mais rápido possível"

Maria das Graças Teles
Gerente da CDL

Mais informações:
Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece)
Av. Dr. Lauro Vieira Chaves, 1030
Vila União, Fortaleza (CE)
0800 275 019

Colaboradora: Ellen Freitas
Diário do Nordeste