Enquanto leigo, já que não instruído em estatística ou outra ciência análoga, assim mesmo ousamos relatar algo intrigante. As pesquisas eleitorais, que mais eleitoreiras, revelam algo incoerente quanto perturbador.
As coincidências dos índices de uma pesquisa para outra, realizadas pelo mesmo instituto e em períodos diferentes, guardam uma relação intrigante. Tal candidato tem 40% de preferência do eleitor, 38% de aprovação do seu governo, 30% de desaprovação, 35 de rejeição, 10% de indecisos, 5% que não sabem etc. – as mesmas inutilidades numéricas apuradas e reveladas que em nada ajudam o processo eleitoral, muito pelo contrário. Observemos que isto ao se referir aos últimos levantamentos realizados em determinada região ou estado. Eis que, em outra data e em regiões e estados com características socioeconômicas e culturais completamente diferentes, esses mesmos percentuais se mantêm. Isto, se analisado dentro de uma lógica matemática e racional seria impossível! A esses dados “coincidentes” os próprios institutos ainda ousam atribuir a “credibilidade” dos seus levantamentos avaliando-as em 95% como se elas fossem categoricamente científicas e indefectíveis. Acredite se quiser! Será que somos a tal ponto os imbecis que nos supõem, para aceitar com verdadeiras tais inúteis pesquisas que apenas induzem o eleitor a votar normalmente em quem aparece melhor colocado e não naqueles que apresentam a melhor proposta, como também não nos conscientiza de coisa alguma para que tomemos uma mais acertada decisão? É do destino de uma nação que estamos tratando e não apenas um jogo de interesses politiqueiros. É também como se nos reconhecessem completos idiotas, sem qualquer discernimento na medida em devemos votar em quem as pesquisas determinem. As pesquisas é que têm decido o destino do Brasil. Que os institutos existam e que realizem suas pesquisas, mas que somente direcionadas aos interessados que são os concorrentes que disputam as preciosas vagas das quais, maioria das vezes, não são merecedores. As pesquisas funcionam como a mais eficaz e ardilosa arma das quais se utilizam os pretendentes a cargos públicos e para isso investem milhões que saídos do nosso sacrificado bolso (resultados da cobrança elevadíssima de impostos), quando não do desvio do dinheiro público. Nós pagamos para que nos enganem!
O Tribunal superior Eleitoral, em respeito ao sempre vitimado eleitor, poderia restringir a data limite para divulgação em até um mês antes das eleições ou apenas permiti-las para circulação interna dos partidos e jamais difundi-las publicamente. É um desserviço ao eleitor, ao processo eleitoral e ao País com a conivência de quem poderia interceder a bem do Brasil!