Brasília. Os principais candidatos a presidente da oposição, senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), além de Randolfe Rodrigues (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC), aproveitaram ontem a 17ª Marcha dos Prefeitos em Brasília para criticar a política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Eles prometeram que, se eleitos, atenderão às reivindicações dos prefeitos de aumentar o percentual de repasse da União aos municípios brasileiros por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
autoria, que permite que o governo federal faça desonerações mas com compensação com a parcela da receita que lhes cabe e não com os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios", disse Aécio.
Já Campos se aliou às críticas dos prefeitos à política de desonerações e ainda prometeu elevar gradualmente os recursos para a saúde em 10%. O pré-candidato disse que é possível fazer isso num período de quatro anos. Sobre o repasse de recursos ao FPM, que atinge diretamente as verbas repassadas do governo federal aos gestores municipais: "Não podemos fazer (as desonerações) às custas da paralisação da máquina pública municipal", defendeu.
"É uma irresponsabilidade jogar nas costas dos municípios todas as responsabilidades. O governo, às vezes, pensa que os municípios brasileiros estão localizados na Suíça. Esquecem as chagas, como o analfabetismo. Somos um dos únicos países da América Latina que ainda não resolveu isso", disse o pré-candidato Randolfe Rodrigues.
O PSC ajudou a aprovar a Emenda 29, que foi vetada pela presidente atual. Nosso compromisso de imediato é recuperar a Emenda 29, destinando 10% do Orçamento para a saúde", disse Pastor Everaldo.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, os pré-candidatos foram escolhidos levando em consideração os mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. A presidente Dilma foi convidada, mas não compareceu. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação da Presidência não informou o motivo.
Diário do Nordeste