A Copa do Mundo deve gerar 47,9 mil vagas de trabalho no setor de turismo nas 12 cidades-sede durante os meses de abril e junho deste ano. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no fluxo de 3,6 milhões de turistas que deverão circular pelo País durante o evento esportivo, que ocorre de 12 de junho a 13 de julho.
Das 47.916 vagas ofertadas pelo campeonato Mundial, 9.104 estarão na Região Nordeste (cerca de 19% do total). Já o Ceará ficará com 3,7%, equivalente a 1.772 postos de trabalho.
De acordo com o economista da CNC, Fabio Bentes, o número de novos empregos no País durante esses três meses é 60% superior ao constatado nos 12 estados no mesmo período do ano passado (29,5 mil). Apesar disso, grande parte das vagas deverá ser temporária. "Pouquíssima gente deve ser absorvida depois da Copa, porque o setor de turismo não está indo tão bem neste ano. É natural que depois do campeonato, haja um enxugamento dessas contratações, porque são trabalhos temporários mesmo", comenta Bentes.
Principais setores
Os resultados da pesquisa realizada pela Divisão Econômica da Confederação demonstram que para atender ao aumento expressivo no fluxo turístico nas cidades que receberão os jogos da Copa, atividades como serviços de hospedagem, de alimentação, de transporte, agências de viagens e serviços culturais e recreativos serão ampliadas.
De acordo CNC, o setor de alimentação responderá pela maior parte da geração de postos de trabalho. Cerca de 16,1 mil vagas, ou 33,5% do total, devem ser criadas por bares e restaurantes, principal segmento turístico, segundo a confederação. Os transportes deverão abrir 14 mil vagas (29,2% do total), enquanto hotéis, pousadas e similares responderão por 12,3 mil novos postos (25,7%). Outros setores gerarão menos vagas, como os serviços culturais e recreativos (3,8 mil) e agências de viagens (1,7 mil).
São Paulo e Rio de Janeiro, que abrigarão, respectivamente, a abertura e o encerramento do Mundial, deverão concentrar mais da metade (52%) das oportunidades de emprego decorrentes do evento.
Valores pagos
Em termos de remuneração, os maiores valores ficarão com as agências de viagens (R$ 1.626). Em seguida, aparecem os transportes (R$ 1.449), serviços culturais e recreativos (R$ 1.397), alimentação (R$ 935) e, por fim, hospedagem (R$ 900).
A estimativa de salário médio dos empregos criados para a Copa, segundo setores das cidades- sede, é R$ 1.167. O Ceará tem a segunda menor remuneração, R$ 868, quantia R$ 475 reais mais barata que em São Paulo, que terá o maior salário (R$1.343). Já o menor (R$ 854) ficou com Rio Grande do Norte.
Créditos ao Diário do Nordeste.