Até o momento, alguns prefeitos e prefeitas têm seguido a chamada Lei do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008) e reajustado os salários dos professores municipais. Porém, existe alguns gestores que decidiram afrontar a classe e a legislação ao aplicarem aumentos abaixo do percentual. É o caso de Morada Nova, no Vale do Jaguaribe cearense.
Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Morada Nova (Sindsep), o prefeito Wanderley Nogueira (PT) quer aplicar apenas 6,74%. “Em Morada Nova, quando os profissionais do magistério pensam que já viram de tudo, sai o gestor local com uma proposta vergonhosa de um piso de 6,74%. Acorda senhor prefeito, o Piso é Lei e não iremos recuar. 33,24% de aplicação do piso e nenhum outro direito a menos”, diz o sindicato por meio de nota nas redes sociais.
A presidente do Sindsep local, Glauberlene Rabelo, tem organizado manifestações cobrando os diretos do servidores municipais. Nos últimos dias, uma motociata saiu pelas ruas de Morada Nova em protesto.
Mais municípios
Além de Morada Nova, com a proposta de apenas 10,18%, Iguatu, administrada por Ednaldo Lavor (PSD), é outro município cearense que ofereceu um dos piores aumento para a classe. Em Itapipoca, o prefeito Felipe Pinheiro (PT) disse que iria aplicar o índice da lei, mas só concedeu o mesmo para os educadores contratados. Enquanto isso, os profissionais concursados receberam somente 25% de crescimento nas remunerações. Já em Maranguape, Átila Câmara (Solidariedade), com o apoio dos 19 vereadores, aplicou somente 29,68%.
Por sua vez, em Maracanaú, o prefeito Roberto Pessoa (PSDB) implantou um reajuste de apenas 14,5% para a categoria. A situação é tão grave que a classe decidiu entrar em greve na próxima quarta-feira (16) para pressionar a gestão local.