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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Homem que extorquia religioso de Quixadá ameaçava matar dependentes químicos em troca de dinheiro

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Dando continuidade às investigações relacionadas à extorsão contra uma autoridade religiosa na cidade de Quixadá, a Polícia Civil identificou que o homem de 30 anos, investigado como o autor da extorsão, também é suspeito de praticar crime semelhante tendo como vítimas, os familiares de pacientes que eram atendidos em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, no bairro Lagoa Redonda.

No desdobramento da Operação “Manus Dei”, que significa “Mãos de Deus”, conduzida pela Delegacia Regional de Quixadá, os policiais civis descobriram que Fernando Araújo Bastos (30) também praticou extorsões a outras vítimas, desta vez, familiares dos pacientes atendidos em uma clínica particular, onde o suspeito trabalhou durante seis anos, como gerente de tratamento. “Os pacientes acolhidos são de famílias com boas condições financeiras. Ele sabia disso e era obstinado, enérgico, na cobrança às vítimas, fingindo ser um traficante que cobrava dívidas relacionadas ao tráfico de drogas. Caso os valores não fossem pagos, o homem afirmava que os pacientes seriam mortos”, detalha o delegado Marcos Renato, da Delegacia Regional de Quixadá, um dos responsáveis pela investigação.

Conforme a investigação, as extorsões foram iniciadas quando ele ocupava o cargo. Demitido da instituição, ele teria permanecido com os contatos dos familiares no celular pessoal e teria potencializado a prática, em represália pela saída do local. Duas vítimas que fizeram o pagamento já foram identificadas pela PC-CE. As ameaças eram cometidas por meio de textos enviados por aplicativo de mensagens instantânea e rede social.

Na última sexta-feira (15), Fernando Araújo foi preso temporariamente pela Polícia Civil do Ceará, em uma residência no bairro Lagoa Redonda. A unidade policial já solicitou a prorrogação da prisão do suspeito. Na ocasião, os policiais apreenderam dois notebooks, dois celulares com chips, um HD externo, um roteador e quatro pen-drives. O material passa por perícia técnica. As investigações são mantidas, no sentido de identificar outras vítimas, bem como outros possíveis crimes cometidos pelo suspeito.