O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, revogou a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, na noite desta terça-feira (22). Martins ordenou que Crivella cumpra prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.
Crivella foi preso nesta manhã em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público. O prefeito do Rio é acusado de ser líder do chamado “QG da Propina”, instalado na prefeitura carioca. O MP afirma que empresários pagavam para ter acesso a contratos e receber vantagens indevidas.
Para o presidente do STJ, o MP não apresentou a devida fundamentação para comprovar a necessidade da prisão de Crivella em regime fechado. Para Martins, a prisão domiciliar se justifica pela pandemia do coronavírus.
PRISÃO
Crivella foi preso em sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. De lá, ele foi levado pela Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, por volta das 6h30 desta terça. A ação que resultou na detenção do chefe do Executivo é um desdobramento da Operação Hades, que investiga um suposto QG da Propina na Prefeitura do Rio.
Segundo as investigações que basearam a prisão, empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município entregariam cheques a Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves — então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.
(Pleno News)