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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Avião que caiu com Teori não registrou pane ou mau funcionamento, diz FAB


Avião em que estava Teori Zavascki caiu no mar em Paraty (RJ) em janeiro de 2017; ministro e mais quatro pessoas morreram (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Ministro do STF morreu após acidente aéreo em 2017. FAB apresentou nesta segunda (22) relatório sobre investigações; visibilidade estava abaixo da exigida e não havia condições de pouso.

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (22) um relatório no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do ano passado.

Segundo a FAB, embora o piloto do avião, Osmar Rodrigues, fosse "experiente", na hora do acidente a visibilidade estava "restrita" e não havia condições mínimas para pouso e decolagem.

Teori e mais quatro pessoas morreram no acidente – relembre mais abaixo.

Saiba abaixo as 11 conclusões às quais a FAB chegou:

Não foi identificada qualquer condição de falha ou mau funcionamento da aeronave;
Não se evidenciaram alterações de ordem médica no piloto;
O aeródromo de Paraty permitia somente operações sob regras de voo visual;
O campo visual do piloto estava restrito e com poucas referências visuais;
Foram realizadas duas tentativas de pouso;
As condições de voo encontradas favoreciam a ocorrência de ilusão vestibular por excesso de G e de ilusão visual de terreno homogêneo;
A visibilidade horizontal estava abaixo da recomendada;
A cultura de trabalho presente à época entre o grupo de pilotos que operavam na região de Paraty favorecia a informalidade em detrimento dos requisitos mínimos estabelecidos para a operação sob regras de voo visual;
No que diz respeito ao acidente, pode-se concluir que essa cultura influenciou a tomada de decisão do piloto, o qual, a despeito de encontrar condições adversas e do seu estado emocional frente à situação vivenciada, optou por insistir na tentativa de pouso;
A análise dos parâmetros de voz, fala e linguagem indicou traços de ansiedade no piloto. O estado emocional em que o piloto se encontrava pode ter influenciado a sua decisão de realizar uma nova aproximação, apesar de não ter havido melhoria das condições meteorológicas.
O acidente completou um ano no último dia 19 e, nesta segunda, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da FAB apresentou o relatório sobre as investigações.

O Cenipa não aponta culpado num acidente aéreo. Apresenta fatores que contribuíram para a causa do acidente, de forma a evitar novos desastres aéreos.

Fonte; G1.com