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sábado, 5 de agosto de 2017

Época divulga gravações e imagens exclusivas das malas de propina para Aécio e Temer



Reportagem traz diálogos entre diretor da JBS e Fred – do Aécio – e Rocha Loures – Temer – acertando pagamentos

   Uma reportagem da revista Época divulgou, nesta sexta-feira, imagens inéditas das malas de dinheiro destinadas ao senador Aécio Neves (PSDB), ao operador Lúcio Funaro e ao presidente Michel Temer (PMDB). As propinas foram pagas em uma ação controlada pela Polícia Federal e com o aval do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Patmos, baseada na delação premiada da JBS.

Entre os repasses delatados, estão três malas com R$ 500 mil a Aécio, enviadas através do primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, o mesmo que Aécio afirmou, em gravação, ter intenção de matar antes de delatar: “Um cara que a gente mata antes de fazer delação”. As malas foram entregues entregues semanalmente a Fred, que continuou buscando a propina por “lealdade a Aécio” até mesmo após a delação da Odebrecht ser divulgada na imprensa.

A Polícia Federal gravou as conversas de Fred com Ricardo Saud, diretor da JBS, nos momentos de entrga do dinheiro. Fred estava muito nervoso e temia ser parado um uma blitz com o dinheiro. Ao deixar o prédio, o primo de Aécio entrou em contato com operadores para “esquentar o dinheiro.

Já o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, filmado correndo com uma mala com R$ 500 mil destinada a Temer. O presidente foi gravado em conversa com Joesley afirmando que que poderia “falar sobre tudo” com seu assessor especial, Rodrigo Rocha Loures. As conversas entre o ex-deputado e Saud também foram gravadas e não deixam margem para qualquer outra interpretação sobre a razão do pagamento e da própria existência dos diálogos.

A JBS tinha um homem específico para providenciar as malas e o dinheiro vivo. Era Florisvaldo de Oliveira. Ele auxiliava Saud nas entregas de propina e mantinha um pequeno estoque delas à disposição. Florisval recolhia o dinheiro vivo de clientes da empresa, como supermercados e distribuidoras de carnes, que giravam muito dinheiro em espécie. A central que acomodava o montante era chamada internamente de “Entrepostos”.

Confira a reportagem na íntegra aqui.

Exclusivo: as malas de dinheiro da JBS destinadas a Temer e Aécio

 Blog Erivando Lima / Ceara News