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sábado, 28 de janeiro de 2017

PM é morto em assalto e secretário acompanha operação

No começo da noite de ontem, o cabo da Polícia Militar do Estado do Ceará, Arlindo da Silva Vieira Filho, foi morto após reagir a um assalto que acontecia em uma padaria na Rua Curitiba, bairro Henrique Jorge. Silva é o primeiro profissional da Segurança Pública morto em 2017. No ano passado foram registrados 33 casos de agentes mortos, de acordo com a Associação dos Cabos e Soldados Militares do Estado do Ceará. Segundo a Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), no ano de 2016 o Ceará foi considerado o 4º estado em que mais se mata agentes da segurança, ficando atrás somente da Bahia (3º), São Paulo (2º) e Rio de Janeiro (1º). 

Após o crime, centenas de policiais, amigos e familiares se reuniram na rua onde foi registrado o caso. O secretário da Segurança Pública e Defesa Social, delegado André Costa, além do Secretário adjunto coronel Alexandre Ávila e o comandante Geral da PM, Ronaldo Viana, estiveram no local. O secretário não falou com a imprensa durante a operação. 

Segundo o coronel Viana, a cúpula da segurança estava dando início a uma segunda operação Cartão de Visita quando receberam a informação da morte do cabo. Depois que saiu do local do crime a cúpula seguiu para a avenida Fernandes Távora e se localizou nas proximidades da ponte do bairro Genibaú, ao lado policiais militares faziam uma série de abordagens a motocicletas, ônibus e carros. “Vamos dar uma resposta com relação à prisão dos elementos. Estamos fazendo um cerco grande baseado em informações que estão chegando”. 

Conforme o comandante geral, os setores de inteligência da SSPDS e da Polícia Civil estão trabalhando no caso. “Dois criminosos entraram na padaria e uma terceira pessoa ficou na retaguarda. Quando o PM foi intervir acabou surpreendido pelo terceiro criminoso. O cabo foi atingido na cabeça e morreu no local. 

A diretora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Socorro Portela esteve no local na realização dos primeiros levantamentos. Ainda nas proximidades da avenida Lineu Machado havia uma blitz formada por policiais militares e policiais civis que abordavam veículos. Até o fechamento da edição ninguém foi preso. 

Vítima 
O policial militar vítima do latrocínio (roubo seguido de morte) era casado e trabalhou como motorista do deputado estadual Capitão Wagner (PR), que estava em viagem nos EUA e publicou um vídeo nas redes sociais lamentando a morte de Silva. Emocionado, o deputado disse que o céu estava em festa e disse que a corporação ia dar uma resposta. 

Um colega de trabalho disse que o cabo entrou na corporação em 2009 e que o primeiro dia de trabalho foi ao seu lado.

JÉSSIKA
Jéssika Sisnando
jessikasisnando@opovo.com.br