Ex-governador decidiu esquecer o passado e agora, agindo por vingança política, vai acabar com a Corte de contas
A proposta de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM), em pauta para votação nesta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa, tem como motivo a vingança política e a pirraça pessoal do ex-governador Cid Gomes. No entanto, o ex-gestor esqueceu de um importante e propagado ato do seu governo. Ele sacou R$ 13 milhões do cofre do Estado para construir um novo prédio-sede para a Corte.
A pomposa inauguração aconteceu em 2011 depois de dois anos de construção. Cid Gomes comandou a inauguração ao lado do presidente da Corte, Francisco Aguiar, seu então aliado político. Agora, por conveniência política e prepotência, ele está por trás da movimentação política para que a bancada de seu sucesso, Camilo Santana, dê fim ao TCM.
Os deputados governistas que votaram, logo mais, pela extinção do TC pagarão um alto preço pela posição. Um deles, Heitor Férrer, que é autor da propositura pelo fim da Corte de Contas. Renegou sua história política e agora engrossa a lista dos deputados subservientes às ordens e gostos dos Ferreira Gomes.
Mas esta atitude de Férrer não ficará de graça. O próximo passo é ser indicado para comandar a Secretaria da Saúde do Estado, ´rogaõ contra o qual ele fazia críticas diariamente no plenário da Assembleia. Em seguida, o novo passo sob o comando dos FGs é se cacifar como segundo senador na chapa de Cid Gomes, ocupando a vaga que seria de Domingos Filho, eleito para a presidência do Tribunal que hoje será extinto.
Por tanto, os R$ 13 milhões que o então governador Cid Gomes mandou tirar do cofre estadual para erguer uma nova e luxuosa sede para o TCM será literalmente jogado na lata do lixo. Quem pagará a conta?