O presidente da Câmara dos Deputados,Eduardo Cunha (PMDB), acolheu pedido para abrir o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Irritado com a decisão do PT de declarar voto contrário a ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara já havia sinalizado que tomaria a decisão até o final de semana."Minha posição será a mais isenta possível, sem nenhum espírito de torcida", disse Cunha em entrevista. O processo será analisado por Câmara e Senado.
Em coletiva de imprensa, Cunha afirmou que "o momento do governo é de crise" e que "isso acabará sendo a forma que o país enfrentará a situação". Ele disse ainda que "estava passando do limite do razoável o momento de proferir essa decisão".
Cunha acolheu o pedido dos juristas Helio Bicudo, Reale Jr. e Janaina Paschoal. Ele pontuou que a aceitação do pedido de impeachment tem "natureza técnica" e o processo seguirá "processo normal, com amplo direito ao contraditório".
O deputado Arthur Maia (SD-BA) repercutiu a decisão de Cunha no plenário da Câmara. "Esse não é um momento de alegria para o Brasil, é um momento de muita gravidade. Várias vezes subi a essa tribuna para solicitar a abertura do processo de impeachment. Mas esse não é um ato que eu ou qualquer deputado desejariam fazer. A presidente Dilma construiu, desde o primeiro dia do seu madnato, uma realidade política que levou o País à bancarrota".
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