A insegurança pública dominou os pronunciamentos dos deputados estaduais, na manhã desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa do Ceará. O deputado, radialista e jornalista Ely Aguiar (PSDC) teceu críticas às Audiências de Custódia, mecanismo que o Governo e a Justiça encontraram para aliviar o grave problema da superlotação carcerária no País.
Ely citou o episódio em que um casal foi recentemente preso pela Polícia Militar, em Fortaleza, com uma grande quantidade de cocaína e, horas após da prisão em flagrante, já estava outra vez em liberdade.
Conforme o deputado, se por um lado as autoridades buscam solucionar as dificuldades do Sistema Penitenciário, buscando reduzir a superlotação carcerária, do outro, causa temor à população com tantos criminosos sendo postos em liberdade para cumprir medidas cautelares no lugar da reclusão.
O parlamentar apresentou os números publicados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará em seu site, onde foi informado que, em apenas três meses de funcionamento no Estado, as Audiências de Custódia já realizaram 1.360 procedimentos, com a análise de processos que envolveram 1.660 réus (pessoas presas em flagrante), sendo 1.266 homes e 144 mulheres.
Ainda de acordo com Ely Aguiar, a sensação de insegurança com altos índices da criminalidade em Fortaleza, sua região metropolitana e no Interior, se eleva quando os cidadãos observam que criminosos mesmo presos em flagrante delito, estarão em liberdade novamente em pouco tempo.
Reforço
Já o deputado Audic Mota (PMDB) voltou a denunciar a violência que domina a região dos Inhamuns, com constantes casos de assaltos. Citou o caso de um tiroteio ocorrido na tarde de ontem, no bairro Colibris, em Tauá (a 337Km de Fortaleza), levando medo e insegurança para a população daquela cidade.
Ao contrário do que foi informado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), segundo Mota, equipes de reforço do Comando Tático Rural (Cotar) não estão atuando permanentemente em Tauá.
Blog do Fernando Ribeiro
