-->

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dilma extingui oito ministérios; André Figueiredo vai para as Comunicações


A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta sexta-feira, 2, a reforma ministerial. Oito ministérios foram extintos e todos os titulares de pastas terão seus salários cortados em 10%. A presidente também anunciou a criação de uma Secretaria Permanente de Reforma do Estado - voltada à racionalização da máquina pública - além da extinção de 30 secretarias nacionais, 30 mil cargos em comissões e a redução de até 20% das verbas de custeio.

Entre os ministros, está o cearense André Figueiredo (PDT), líder da bancada na Câmara dos Deputados. O partido vinha apresentando críticas à política econômica do ministro Joaquim Levy e havia deixado a base aliada do governo. Outras mudanças foi a ida do ministro da Defesa, Jacques Wagner (PT), para a Casa Civil, sendo substituído pelo atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB). Aloízio Mercandante (PT) deixa a Casa Civil e vai para a Educação, substituindo Renato Janine.

O PMDB, principal partido da base aliada, mas que vinha rebelando-se contra as orientações do Planalto nas votações dentro do Congresso, ganhou novos ministérios. Marcelo Castro (PMDB) substituirá Arthur Chioro (PT) na Saúde e Celso Pansera (PMDB) irá para Ciência e Tecnologia. Hélder Barbalho (PMDB), filho do ex-governador paraense Jáder Barbalho (PMDB), troca o Ministério da Pesca pela Secretaria dos Portos. De acordo com a presidente, mudanças como estas darão maior consistência às alianças de seu governo. "Estamos tornando nossa coalizão mais equilibrada", declarou. Segundo a dirigente, "trata-se de uma ação legítima".

FUSÕES

Dilma, como era previsto, anunciou a fusão de pastas. As secretarias de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Políticas para Mulheres foram fundidas e terão a atual titular da pasta de Igualdade, Nilma Lino Gomes, como titular. Ela é ex-reitora da Universidade da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sendo a única negra a ter alcançado tal posto em uma universidade federal.

Os Ministérios da Previdência e do Trabalho serão fundidos em um só, tendo o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto (PT), como titular. A Secretaria-Nacional da Previdência, subordinada ao novo ministério, será ocupada pelo ministro da Pasta, Carlos Gabas (PT).

A antiga pasta de Rossetto será fundida com o Gabinete de Segurança Institucional e passará a chamar-se "Secretaria de Governo, sendo ocupada pelo atual ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT).

O POVO Online