Moradores do Conjunto Vicente Arruda, no Bairro Itambé, em Caucaia, foram dormir, no último dia 14, assustados com o barulho do atrito provocado entre telhas e ferros que cobrem a quadra esportiva da Escola de Ensino Fundamental Flávio Portela Marcílio. Os moradores procuram o Jornal Grande Porto para denunciar o descaso da Prefeitura.
A preocupação se justificava porque, naquela noite, parte da estrutura metálica foi arrastada pelo vento, levando risco para dezenas de famílias que moram nas proximidades da escola. É a segunda estrutura metálica de uma quadra esportiva que, sem manutenção por parte da Prefeitura, desaba na cidade de Caucaia.
A primeira, no mês de julho, foi no Centro Infantil Edson da Mota Correa, no Centro. O Grande Porto estampou na primeira página, em sua edição, o registro da destruição de parte da estrutura de ferro da quadra. O prédio recebeu reformas, mas parte da estrutura da quadra não resistiu e despencou.
Para moradores, pais de famílias, estudantes e diretores de estabelecimentos de educação, a Prefeitura negligencia com medidas de prevenção e, ao adiar obras de reformas e manutenção de prédios e, principalmente, das quadras cobertas, coloca em risco a vida de estudantes e populares.
Um motorista que passava nas proximidades da Escola Flávio Marcílio, na manhã de sábado, 15, teve o veículo atingido por uma telha de metálica, composta de zinco e alumínio. A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) chegou a interditar ruas próximas a escola e a Secretaria de Educação suspendeu atividades na quadra esportiva.
O medo dos vizinhos da Escola Flávio Marcílio não se resumiu apenas à noite de insônia, mas, também, as preocupações sobre o teto que protege os alunos e professores. A escola, que é uma das mais tradicionais e importantes da rede municipal de ensino, sedia atividades da universidade aberta e na quadra coberta são desenvolvidos projetos sociais e esportivos.
A Prefeitura de Caucaia, por meio da Secretaria de Educação, anunciou a realização de uma licitação para obras de recuperação da quadra esportiva da Escola Flávio Marcílio. Enquanto as obras e a promessa de reforma ficam no papel, crianças e adolescentes perdem um importante espaço para recreação, lazer e prática de esportes.
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