O Ceará têm pela primeira vez cidades com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) clasificado como alto, de acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Fortaleza (0,754), Sobral (0,714), Crato (0,713) e Eusébio (0,701) são as cidades com melhores índices do Estados e ultrapassaram a linha de IDHM médio e baixo que ocupavam até a última atualização do Atlas.
Os dados tem base no Censo de 2010 e foram divulgados nesta quarta-feira, 1º, pela Fundação João Pinheiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).O IDHM leva em conta Renda, Longevidade e Educação como as três dimensões principais.
Na ranking do Atlas, a Região Metropolitana de Fortaleza também teve seu IDHM classificado como alto. Na escala anterior, com base no Censo de 2000, era médio. Agora, a RMF ocupa a 17ª colocação entre as metrópoles do País.
Mesma posição ocupa o Ceará (0,682 - classificado como médio) no ranking dos estados. A primera posição é do Distrito Federal (0,824) e a última de Alagoas (0,631). Em relação ao Nordeste, o Ceará ocupa a segunda posição, logo atrás do Rio Grande do Norte (0,684), que ocupa a 16ª geral dos estados.
Fortaleza
Evolução
O IDHM de Fortaleza é 0,754, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,824, seguida de Renda, com índice de 0,749, e de Educação, com índice de 0,695. O IDHM passou de 0,652 em 2000 para 0,754 em 2010 - uma taxa de crescimento de 15,64%. Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,161), seguida por Longevidade e por Renda.
Fortaleza ocupa a 467ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço). Entre 2000 e 2010, a população de Fortaleza cresceu a uma taxa média anual de 1,39%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 100,00% para 100,00%. Em 2010 viviam, no município, 2.452.185 pessoas.
Longevidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 34,6 por mil nascidos vivos, em 2000, para 15,8 por mil nascidos vivos, em 2010. No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 4,8 anos na última década, passando de 69,6 anos, em 2000, para 74,4 anos, em 2010. Em 1991, era de 66,0 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.
Educação
Na Capital, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 95,86%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 84,80%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 59,54%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 45,42%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 32,21 pontos percentuais, 47,29 pontos percentuais, 37,11 pontos percentuais e 30,47 pontos percentuais.
Renda
A renda per capita média de Fortaleza cresceu 85,18% nas últimas duas décadas, passando de R$ 457,04, em 1991, para R$ 610,48, em 2000, e para R$ 846,36, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,30%. A taxa média anual de crescimento foi de 3,27%, entre 1991 e 2000, e 3,32%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 38,97%, em 1991, para 27,54%, em 2000, e para 12,14%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,64, em 1991, para 0,64, em 2000, e para 0,61, em 2010.
Ceará
Evolução
O IDHM do Ceará passou de 0,541 em 2000 para 0,682 em 2010 - uma taxa de crescimento de 26,06%. No mesmo período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,238), seguida por Longevidade e por Renda.
Longevidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no Ceará passou de 41,4 por mil nascidos vivos, em 2000, para 19,3 por mil nascidos vivos, em 2010. A esperança de vida ao nascer cresceu 4,8 anos na última década, passando de 67,8 anos, em 2000, para 72,6 anos, em 2010.
Educação
A proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,29%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 86,02%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,89%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 37,39%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 52,39 pontos percentuais, 67,22 pontos percentuais, 46,38 pontos percentuais e 30,06 pontos percentuais.
Renda
A renda per capita média de Ceará cresceu 109,54% nas últimas duas décadas, passando de R$ 219,83, em 1991, para R$ 310,21, em 2000, e para R$ 460,63, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,97%. A taxa média anual de crescimento foi de 3,90%, entre 1991 e 2000, e 4,03%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 66,36%, em 1991, para 51,75%, em 2000, e para 30,32%, em 2010.
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