Um novo hub da Avianca em Fortaleza, ainda em 2015, está descartado. Mas a cidade aparece com boas chances de ser escolhida quando a empresa optar pela instalação. Com três centros no Brasil - Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro – a companhia mantém neste momento o foco no cliente e na fidelização. Segundo o presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, não existe nada pré-concebido e pode acontecer de terem dois novos hubs quando houver uma definição.
Ele afirma que o Nordeste é um bom lugar para instalar e Fortaleza recebeu muito bem a empresa. O anuncio foi feito durante cerimônia que divulgou a entrada da Avianca Brasil na rede Star Alliance, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.
Atualmente, Fortaleza é a única cidade que oferece voo internacional For-Bogotá-For e assim permanecerá em 2015. A ocupação em alta temporada é de 80% e baixa 50%.
Na avaliação do vice-presidente da Avianca Brasil, Tarcísio Gargioni isso é normal, pois o mercado começa a ser desenvolvido e agora estão trabalhando o mercado internacional. É um processo de evolução natural.
Entres os fatores destacados por Gargioni estão o fato da cidade ser um dos principais mercados turísticos no Brasil e a aproximação do município com Caribe e América Central. Além disso há a redução da taxa de ICMS do combustível oferecido pelo Governo do Ceará.
Para Efromovich, o imposto que se tem hoje no Brasil é um dos mais caros do mundo e alguns Estados estão adequando isso em forma de incentivo fiscal. “Não deveria ser assim e todos poderiam padronizar a taxa de ICMS”, diz. Para ele o ideal, no atual momento, deveria ser 0%, mas sabe que isso não vai acontecer.
Planos
Efromovich acredita na retomada da economia em 2016 e o plano da Avianca é trazer para o Brasil novos aviões e fazer frente ao mercado, atendendo os passageiros com produto diferenciado – espaço maior entre poltronas, entretenimento e alimentação gratuita.
Hoje, de acordo com ele, as maiores taxas de ocupação do mercado são da companhia. O adicional de oferta será coberto pelos novos passageiros da Star Alliance. “As aeronaves foram compradas há quatro, cinco anos. Nós não temos o dinamismo de adequação que a economia tem” informa.
O presidente é favorável às concessões e cita Guarulhos como padrão internacional. Elogia a mudança no aeroporto de Brasília nos últimos dois anos. A Avianca aguarda a conclusão das obras do Galeão (RJ) e Belo Horizonte. “Com condições favoráveis de infraestrutura todas as companhias podem atender bem”.
Sobre o Programa de Investimentos em Logística lançado pelo Governo Federal, ele avalia que as companhias vão reclamar, pois aeroportos não se resolvem de um dia para o outro. “Precisamos de modernização e novos aeroportos”, afirma.
Mercado
Fernando Pinto, CEO da TAP, diz que a parceria com a Avianca será por meio de operações de codeshare, ainda sem data marcada para começar, e programa de milhagem. Assim como com a Azul que faz parte do grupo TAP.
O Brasil é o foco principal da empresa e hoje a taxa de ocupação é de 84%. O valor médio da tarifa caiu em 8% no primeiro semestre, mas não houve redução de voos. Fortaleza apresenteou crescimento da demanda, segundo Fernando, e está ao lado de Recife como carro-chefe no Nordeste.
Já a Copa Airlines reduziu dois voos no Brasil em virtude da retração econômica, o que afetou os negócios da empresa conforme análise de Pedro Heilbron, CEO da companhia.
* A jornalista viajou a convite da Avianca Brasil.
NÚMEROS
80%
é a ocupação do voo Fortaleza-Bogotá - Fortaleza na alta temporada
O Povo Online