A ação contou com a participação dos delegados da Polícia Civil Karlus Kleber, Aline Vasconcelos e Patrícia Senna e do promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Canindé. Segundo o membro do MP do Ceará, “as evidências apontam para a existência de associação criminosa dedicada a práticas de crimes contra administração pública do município de Itatira”.
A operação foi desencadeada após investigações complementares que revelaram indícios de uma complexa rede de corrupção e desvio de recursos públicos, envolvendo as fraudes nas licitações e contratações públicas, além de lavagem de dinheiro. Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais da cidade. Na ocasião, foram apreendidos objetos, uma arma de fogo e R$ 60 mil na residência da secretária de Finanças do município. A operação teve o objetivo de reunir provas adicionais e garantir a completa responsabilização dos envolvidos.
Operação Hasta
O nome da operação refere-se a uma expressão de origem árabe que significa “sob a lança”, o que quer dizer que debaixo da lança nada deveria ser oculto. Os trabalhos da primeira fase foram centrados em membros da mesma família e na utilização de “laranjas” para fundarem e/ou assumirem empresas que concorriam e ganhavam licitações milionárias nos municípios de Fortaleza e Itatira.
A primeira fase resultou no sequestro de 38 veículos e de um imóvel, no bloqueio de R$ 2 milhões e na prisão de duas pessoas pelos crimes de falsificação de moeda, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. As investigações apontaram que o grupo teria movimentado R$ 132 milhões em oito anos. A segunda fase da Operação Hasta foi deflagrada em outubro de 2021, também em Fortaleza e Itatira. As investigações apuraram crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, sete pessoas foram presas.