-->

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Investigados, Ipec e Datafolha receberam quase R$ 40 milhões por pesquisas

 

Foto: Agência Brasil

Na mira de parlamentares que querem uma CPI para apurar distorções nos números do primeiro turno e da Polícia Federal, as pesquisas Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), ex-Ibope, custaram R$ 23,4 milhões em 2022. Em seguida, aparece o Datafolha, com R$ 14,2 milhões. A informação está registrada na base de dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi consultada na sexta-feira (7).

Segundo os dados, as três pesquisas mais caras realizadas pelo Ipec, no valor de R$ 347.659 cada uma, contratadas pela TV Globo, entrevistaram, no total, 9.024 eleitores entre os dias 13 de setembro e 1º de outubro. A média de entrevistados nas pesquisas era de mil eleitores.

Já o Datafolha, que costumava entrevistar entre mil e 6,8 mil eleitores nas pesquisas anteriores, declarou que recebeu R$ 617.972 para uma pesquisa com 12.800 eleitores, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, na véspera do primeiro turno das eleições.

Os institutos estão na mira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pesquisa, que na quinta-feira (6) conseguiu alcançar o número de assinaturas suficiente para a abertura da investigação.

No caso do Ipec, em todas as pesquisas o instituto informou que foi utilizada uma equipe de entrevistadores e supervisores "devidamente treinados para o trabalho". O Datafolha também informou ao TSE que os entrevistadores são treinados e recebem instruções específicas para cada projeto realizado.

O Ipec realizou em agosto sete levantamentos de intenção de voto nos candidatos ao Palácio do Planalto. Com margem de erro de 2 pontos percentuais, se aproximou do resultado divulgado pelo TSE, que registrou 48,43% dos votos para o petista. O mesmo aconteceu com o Datafolha, que previa na última pesquisa que Bolsonaro tivesse 36% das intenções de votos, contra 50% de Lula.

R7