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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

POLÍCIA CIVIL: Quadrilha que exigia transferência de terrenos e ameaçava tabelião em Groaíras é presa

 

Uma quadrilha foi presa na manhã desta terça-feira (9) suspeita de participar de crime de extorsão a um tabelião em outubro deste ano em Groaíras. Segundo a polícia, a quadrilha exigia transferência de terrenos e o cartório do município ficou sem funcionar por conta de ameaças de facções.

De acordo com o delegado regional de Sobral, João Gabriel Cardoso, três integrantes foram presos em Groaíras e o chefe do grupo em Fortaleza. “As investigações iniciaram depois que recebemos essas informações [denúncias] e sabendo da notícia de que o tabelião havia sido ameaçado não só ele mais como família. Aí iniciamos as investigações com objetivo de identificar eventuais suspeitos que tenham participado deste crime. Recebemos colaboração da população. Fizemos buscas e apreensões”, afirmou o delegado.

A reportagem apurou que as ameaças ocorreram após um integrante de uma facção ir até o cartório para solicitar a transferência da escritura de um imóvel. O tabelião analisou os documentos apresentados e cobrou a presença do antigo proprietário. Sem a presença do antigo proprietário do imóvel, o homem não conseguiu a transferência e ameaçou o chefe do cartório de morte se ele não realizasse o procedimento. Temendo pela vida, o tabelião deixou o Município.

A partir do momento que o tabelião saiu do Município para garantir a sua segurança, o cartório começou a funcionar com portas fechadas, atendendo apenas casos de urgência, em horário reduzido, segundo funcionários e moradores da Região. Os funcionários trabalharam em home office no horário restante para resolverem as demandas pendentes.

O delegado regional de Sobral afirmou que as investigações seguem já que se trata de uma organização criminosa. Cardoso reforçou que o cartório retornou a funcionar normalmente. "A partir da data de hoje vamos aprofundar as investigações e assim concluir o inquérito policial. Quanto ao cartório ele já está em funcionamento. Como se trata de organização criminosa é possível que há participação de outras pessoas e identificando essas pessoas vamos também os indiciar", disse.

Fonte: G1/CE