A secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro ganhou, nesta sexta-feira, 21, o direito de se calar na CPI da Covid-19 sobre o colapso que aconteceu no Amazonas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, STF, é o autor da decisão, dada depois do pedido de reconsideração feito pela defesa da médica cearense. Assim como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde tentou conseguir um habeas corpus preventivo para poder ficar calada, se assim o quisesse, quando interrogada pelos senadores.
O depoimento de Mayra está marcado para a próxima terça-feira, 25, às 9h. A convocação dela partiu de cinco senadores da república: Alessandro Vieira, Humberto Costa, Randolfe Rodrigues, Rogério Carvalho e o relator da CPI, Renan Calheiros. O habeas corpus e o pedido de reconsideração foram negados, mas agora Lewandowski abriu uma exceção para o período compreendido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 -justamente o qual ocorreu o colapso da saúde no Amazonas.
Isso porque Mayra Pinheiro, assim como o ex-ministro Eduardo Pazuello, é ré em uma ação que investiga se houve omissão de agentes públicos na crise sanitária no estado do norte brasileiro acima citado. Nessa posição, Mayra -que ganhou a alcunha de ‘Capitã Cloroquina’, por ser ferrenha apoiadora do tratamento precoce defendida pelo presidente Bolsonaro e outras figuras do governo Federal- pode não se manifestar quando sentir que poderá se prejudicar. De qualquer forma, a ‘Capitã’ já está na mira dos senadores para o desenrolar final da Comissão e poderá enfrentar julgamento por seus atos.
Com informações do Diário do Nordeste