A prefeitura da Cidade do México informou nesta sexta-feira (14) que, de acordo com um estudo no qual foi analisado o uso de ivermectina em pessoas com Covid-19, houve uma redução de 52% a 76% na probabilidade de internações.
Em entrevista coletiva, a prefeita da capital do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que um grupo médico do Instituto Mexicano de Seguridade Social (IMSS) e da secretaria de Saúde da capital se reuniu em janeiro deste ano com especialistas médicos nacionais e internacionais que administravam ivermectina e ácido acetilsalicílico aos pacientes com a doença transmitida pelo novo coronavírus.
Após detectar que “praticamente não havia efeitos colaterais, foi decidido incluir estes medicamentos no kit médico” distribuído pelo governo da capital a pacientes com Covid-19, além de fornecer acompanhamento médico especializado.
Já o chefe da Agência Digital de Inovação Pública da capital mexicana, José Merino, explicou também na coletiva que, através de mais de 220 mil observações em pessoas, foi detectada uma redução na probabilidade de hospitalização de 52% a 76% para as pessoas que receberam o kit com os medicamentos.
OMS REJEITA FÁRMACO
Em relação ao uso do medicamento, em 31 de março a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra o uso de ivermectina em pacientes que sofrem de Covid-19, independentemente da gravidade dos sintomas que eles desenvolvem e de sua duração.
Em uma diretriz sobre o tratamento de pessoas com Covid-19, a OMS disse que a ivermectina só deveria ser utilizada no contexto de ensaios clínicos.
– A recomendação de usar um medicamento somente no contexto de um ensaio clínico é apropriada quando há poucas evidências para proporcionar certeza – alegou a organização.
O governo da capital mexicana também anunciou que em breve informará sobre os resultados de um estudo realizado pela secretaria da Saúde da cidade com a aplicação do medicamento remdesivir que mostram um impacto na redução da mortalidade.
*Com informações da agência EFE