-->

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Polícia Civil desarticula organização criminosa que atuava na venda de entorpecentes e psicotrópicos pelas redes sociais

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou uma operação contra uma organização criminosa que atuava no comércio ilícito de entorpecentes e psicotrópicos pelas redes sociais. A Operação Fármacos mobilizou policiais civis da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) e das delegacias de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCCLD) e de Combate à Corrupção (Decor) para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, em Reriutaba e Pires Ferreira, cidades do Interior Norte do Estado, nessa quinta-feira (16). Mais de 1.300 caixas de medicamentos foram apreendidas e mais de R$ 140 mil em bens e contas bancárias foram bloqueadas. Uma pessoa foi presa em flagrante.

Os detalhes da operação foram divulgados em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (17), na sede da DCTD, em Fortaleza. O titular da DCTD, delegado Pedro Viana, explica como o grupo realizava a venda de medicamentos pela internet. “O modo de agir da organização consistia em divulgar nas redes sociais a venda de suplementos vitamínicos e produtos de informática, a exemplo de pen drives, a preços bem acima dos negociados pelo mercado, de forma a chamar atenção dos clientes e dissimular o caráter ilícito dos produtos que efetivamente desejavam vender, ou seja, os medicamentos psicotrópicos e entorpecentes. As negociações se davam pelas redes sociais e posteriormente os produtos eram enviados pelos Correios”, detalha.

A Operação Fármacos mira a atuação de três irmãos de Reriutaba, que são proprietários de duas farmácias, sendo uma na cidade de origem dos suspeitos e outra em Pires Ferreira. Um dos irmãos foi preso em flagrante e autuado pelo crime de tráfico de drogas, cuja prática prevê pena de reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de multa. O levantamento feito a partir dos dados analisados pela Polícia Civil aponta que o grupo teria movimentado mais de R$ 260 mil com a venda dos medicamentos, entorpecentes e psicotrópicos em negociações que eram feitas para abastecer os pedidos enviados por usuários nas redes sociais.