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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Exército coloca 2,5 mil soldados nas ruas para reforçar a segurança no Ceará

Além deles, 6 mil policiais militares que não estão participando de motim e 300 homens das Forças Armadas também atuarão na segurança ostensiva.
Um total de 2,5 mil homens do Exército reforçará diariamente a segurança em Fortaleza, Região Metropolitana e em cidades do interior até o próximo dia 28, em meio a motim de policiais militares no estado. Eles se somam a outros 300 homens da Força Nacional de Segurança. A informação foi confirmada em reunião entre senadores, a cúpula da Segurança Pública do Estado e o Comando da 10ª Região Militar, realizada na tarde desta sexta-feira (21), no Centro de Fortaleza. 

As Forças Armadas já atuam em Fortaleza e em cidades vizinhas desde as 7h desta sexta-feira. O reforço foi demandado pelo governador Camilo Santana (PT), em razão dos motim de policiais militares que ocupam batalhões em Fortaleza. 

"São 2.500 homens por dia. Então, se pegarmos 6 mil homens da PM na cidade de Fortaleza, que entram em 3 turnos, temos, só de Forças Armadas, um contingente maior do que normalmente a gente coloca na rua", detalhou o senador Major Olímpio (PSL-SP), após a reunião.

Os militares do Exército vão atuar nas ruas do Ceará após começar a vigorar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que possibilita o emprego das Forças Armadas em situações nas quais há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública e em graves situações de perturbação da ordem. A autorização para a GLO foi dada ainda na quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, atendendo a um pedido do governador Camilo Santana. O gestor do Estado destacou que “todo o esforço será feito para garantir a proteção dos nossos irmãos e irmãs cearenses”. 

Os motins protagonizados por PMs já fizeram com que mais de 300 Inquéritos Policiais Militares (IPMs) fossem instaurados contra os servidores que participam da paralisação. Além disso, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) também vem instaurando processos disciplinares contra os envolvidos.

(Diário do Nordeste)