A primeira denúncia com base em informações colhidas durante a Operação Casa de Palha, além de incluir o nome do presidente da Câmara de Quixadá, Ivan Construções, também traz em sua lista o do chefe de gabinete do Legislativo, Almeida Viana, que sempre foi ligado as administrações petista e mantém estreita relação com prefeito Ilário Marques.
A denúncia foi entregue pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta segunda-feira (27), após o órgão colher informações da operação deflagrada no último dia 24 de abril, que investiga a existência de crimes de fraude em licitações no poder Executivo e Legislativo quixadaense.
Na peça criminal, entregue nesta segunda-feira, foram denunciados além de Ivan Construções e Almeida Viana, Paula Renata Bento Bernardo, que é apontada pelo MP como funcionária-fantasma da Câmara; e Ricardo de Sousa Araújo, sócio da Construtora Araújo LTDA. Este último é considerado foragido da Justiça. Todos eles são acusados dos crimes de peculato-desvio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
A ação penal é resultado de um trabalho conjunto entre a 4ª Promotoria de Justiça de Quixadá e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Segundo os promotores de Justiça, outras ações serão ajuizadas de acordo com o andamento da análise de todo material apreendido na operação.
Através de um trabalho que contou com a quebra de sigilo bancário, interceptações telefônicas e busca e apreensão, com a autorização da Justiça, o Ministério Público desmontou um esquema de combinação de procedimentos licitatórios de obras de engenharia, falsificações de documentos e conluio entre licitantes chegando inclusive, a desvendar o caso de uma funcionária fantasma, a assessora Paula Renata, que foi nomeada para cargo comissionado na Câmara, mas não prestou qualquer serviço ou compareceu ao parlamento municipal. O MPCE descobriu que ela deveria cumprir horário de trabalho durante a manhã e coincidia com o mesmo período em que estudava em uma faculdade particular da região.
Além do recebimento da denúncia, o MPCE também requereu, à 3ª Vara Única da Comarca de Quixadá, o levantamento do sigilo dos autos em razão do interesse social, portanto, até o momento, a denúncia encontra-se em sigilo, motivo pelo qual outros detalhes não podem ser informados no momento. (Com informações do site do Ministério Público do Ceará).
Fonte; Monólitos post