O Monólitos Post teve acesso, com exclusividade, a decisão da justiça que levou a prisão do presidente da Câmara Municipal de Quixadá, Ivan Construções (PT), do genro do prefeito Ilário Marques (PT) e de mais cinco pessoas, entre elas empresários que participavam de um “grupo criminoso” que tomou conta do Legislativo e do Executivo municipal.
Na segunda matéria sobre a decisão judicial que culminou nas prisões, o Monólitos Post revela que o magistrado ficou perplexo com uma possível trama que levaria a prática de um homicídio, tudo isso para encobrir os atos ilícitos do grupo criminoso.
De acordo com o Juiz, se não bastassem os atos de corrupção, em uma determinada conversa telefônica interceptada, com autorização judicial, o presidente da câmara, Ivan Construções (PT), demonstra seu grau de periculosidade ao sugerir um homicídio. Ainda na peça, o magistrado afirma que há uma evidente indicação que Ivan está disposto a ir às últimas consequências para que seu esquema criminoso não seja revelado.
Na transcrição do áudio da conversa interceptada pelo Ministério Público, Ivan conserva com uma pessoa identificada como “Guto” e durante o diálogo dispara: “Ilário já era pra ter mandado matar aquele filho de uma égua”, deixando a entender que o alvo do possível homicídio seria o empresário Ernane Teles de Castro Júnior, que foi o delator do suposto esquema de corrupção na coleta de resíduos sólidos no município.
De acordo com os autos, a conversa aconteceu logo depois do cumprimento da decisão judicial que afastou Ilário Marques, em agosto de 2018, das funções de prefeito municipal de Quixadá. Na época, o afastamento do alcaide aconteceu na operação “Fiel da Balança” que apura denúncias de desvio de dinheiro na prefeitura e que, com isso, segundo o magistrado, Ivan teria sugerido que Ilário ordenasse o assassinato do empresário. Abaixo leia o conteúdo da conversa entre o vereador investigado e o interlocutor.
Por “extrema necessidade”, essa foi a expressão utilizada pelo Juiz ao decretar a prisão preventiva de Ivan Construções. Segundo ele, “está comprovado que, uma vez em liberdade, (Ivan) fará de tudo para interferir na colheita de provas. Ora, se ele aconselha o homicídio de quem denunciou o prefeito Ilário Marques, que dirá com relação às pessoas que o incriminem”.
Após a divulgação, pelo Monólitos Post, de algo jamais visto pelos quixadaenses, a Câmara Municipal deverá tomar medidas severas para que o presidente, preso e afastado, perca de vez o cargo de vereador, e com isso, o poder de influência junto a gestão municipal. Medida que demonstrará para a sociedade que os demais parlamentares não compactuam com a corrupção que era praticada pelo principal representante do Legislativo.
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