Três suspeitos foram detidos por policiais no mela-mela e um deles morreu após passar mal, segundo a SSPDS
A programação de Carnaval da cidade de Fortim, no Litoral Leste do Ceará, foi cancelada após uma confusão no "mela-mela" que levou à depredação de um posto de saúde na noite da última segunda-feira (4). A confusão começou após três homens serem abordados por policiais. Eles foram detidos e um deles morreu após passar mal, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE).
Segundo o órgão, policiais militares receberam uma denúncia de tráfico de drogas durante a festa de Carnaval na cidade e foram até o local verificar o caso. A abordagem acabou causando um tumulto. Três pessoas, sendo dois adultos e um adolescente, desacataram os PMs e foram conduzidas à Delegacia Regional de Aracati. Foi quando uma delas, identificada como Victor da Silva Barbosa, de 19 anos e sem antecedentes criminais, "sentiu-se mal e foi encaminhada para o hospital, mas não resistiu e veio a óbito", informou a SSPDS em nota.
posto de saúde Fortim
Posto de Saúde depredado e incediado
Após o ocorrido, um posto de saúde localizado no Centro de Fortim foi depredado e incendiado. Um grupo seguiu até a Rua Cícero Teixeira, lançou pedras na unidade e ateou fogo em alguns móveis do equipamento.
A própria população ajudou a apagar as chamas e ninguém ficou ferido.
Investigação
O adulto e o adolescente detidos registraram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) referente à confusão na festa de Carnaval. Eles foram ouvidos e liberados em seguida.
Um boletim de ocorrência também foi registrado na Delegacia de Aracati para apurar os atos de vandalismo no posto de saúde. O caso será investigado.
Posicionamento da Prefeitura de Fortim
O cancelamento do Carnaval foi comunicado através das redes sociais da Prefeitura de Fortim. De acordo com a nota da gestão municipal, a insegurança gerada na cidade após a confusão levou à decisão. De acordo com a gestão municipal, a integridade dos brincantes estava ameaçada e a decisão foi necessária para "evitar mais violência".