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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Presos fazem rebelião na Delegacia Regional da Polícia Civil em Quixadá



Quinze presos recolhidos nas duas celas da área de custódia da Delegacia Regional da Polícia Civil em Quixadá iniciaram uma rebelião no início da tarde desta terça-feira. Estavam revoltados com a demora na transferência para ...

Quinze presos recolhidos nas duas celas da área de custódia da Delegacia Regional da Polícia Civil em Quixadá iniciaram uma rebelião no início da tarde desta terça-feira. Estavam revoltados com a demora na transferência para as cadeias públicas de Quixadá e de Morada Nova. Eles atearam fogo em papelões utilizados para se deitarem e em sacos plásticos.

Os policiais civis tentaram controlar a situação. Por garantia os delegados Municipal e plantonista, Ícaro Coelho e Marcos solicitaram apoio da Polícia Militar. Equipes do Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (Raio) utilizaram gás lacrimogêneo para controlarem os presos, que ameaçavam reagir com violência. Todos foram retirados das celas e mantidos no pátio interno até a fumaça se dissipar.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi acionada para a Delegacia Regional. Nenhum preso, os policiais e nem o público que se encontrava na área de expediente passaram mal. Apenas os policiais e quem havia chegado para registrar boletim de ocorrência precisaram sair do prédio. O gás provoca irritação nos olhos e na garganta.
Alguns presos reclamaram terem inalado fumaça. Foram atendidos pela equipe do SAMU.
O delegado regional, Marcus Vinicius Damasceno, já havia solicitado e reiterado à Justiça da Comarca de Ibaretama, município vizinho a Quixadá, de onde são a maioria dos presos, os recolhimentos às unidades penitenciárias. Além de alguns deles integrarem facções criminosas rivais, a manutenção nas celas está prejudicando os trabalhos competentes à Polícia Civil.
A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado também foi interpelada a dar destino aos presos, autuados em flagrante por tráfico, roubo e até estupro. A responsabilidade legal sobre eles compete ao Poder Judiciário, enfatizou o delegado regional.

Red; DN