Este é o segundo levantamento do Ibope no segundo turno
Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 57% dos votos válidos na segunda pesquisa do Ibope sobre o segundo turno da corrida presidencial, divulgada na noite desta terça-feira (23). Fernando Haddad (PT) ficou com 43%. No último dia 15, o primeiro levantamento do instituto apontou o presidenciável do PSL com 59% dos votos válidos, contra 41% do petista.
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O instituto informa que entrevistou 3010 eleitores em 208 municípios, do dia 21 a 23 deste mês. A margem de erro da pesquisa do Ibope é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no 2º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
O Ibope mostrou ainda que eleitores que prometem votar em branco ou nulo somam 10%. Já 3% responderam não saber em quem votar. A taxa de rejeição (eleitores que dizem não votar no candidato de jeito nenhum) está em 41% para Haddad e 40% para Bolsonaro.
No primeiro turno, o capitão reformado do Exército teve 49,2 milhões de votos, 46% dos válidos, enquanto Haddad levou 31,3 milhões — 29%. A diferença entre os dois foi de 17,9 milhões de votos. A votação do segundo turno está marcada para o próximo domingo (28).
Estratégias
Nesta última semana de campanha eleitoral, Haddad aposta, entre outras táticas, nas críticas ao adversário, após a divulgação de uma denúncia de fraude eleitoral, caracterizada pelo financiamento privado de disparos de notícias falsas (fake news) no WhatsApp. Além disso, o petista pressiona o rival após o filho do capitão reformado, Eduardo Bolsonaro, ameaçar, em vídeo, fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso a candidatura do seu pai seja impugnada. A campanha do PT acusa Bolsonaro de autoritarismo e de representar uma ameaça à democracia.
Já Bolsonaro investe no sentimento de antipetismo, destacando os escândalos de corrupção nas gestões petistas. O presidenciável do PSL também reforça as promessas de medidas duras contra a violência, em defesa da família tradicional e do patriotismo, e tenta convencer o eleitor de que caso o PT volte ao poder, o Brasil corre o risco de virar uma Venezuela, país em profunda crise social e econômica.