Vítima de um câncer contra o qual combateu nos últimos meses, o economista cearense Cláudio Ferreira Lima, 71, ex-secretário de Planejamento, do Governo do Estado, morreu na manhã deste sábado (30).
O Ceará perde um de suas mais brilhantes inteligências. Segundo o também economista Célio Fernando, “Cláudio foi protagonista de muitos feitos do nosso Estado”
Tão eficiente quanto discreto, Cláudio era admirado pelo comportamento como profissional e mais ainda como pessoa. O empresário Carlos Prado lembra o papel importante que teve Cláudio Ferreira Lima na elaboração do projeto Integra Brasil, que teve o patrocínio do Centro Industrial do Ceará (CIC).
Funcionário aposentado do BNB, ele era secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, para cujo titular, economista César Ribeiro, era “o consultor que todos desejariam ter”. Ele também é autor de vários livros, entre os quais “A Construção do Ceará: Temas de História Econômica” e “Gestão Compartilhada: o Pacto do Ceará”.
Despedida
O velório será a partir das 12 horas no Ethernus, na rua Padre Valdevino, na Aldeota. O sepultamento ocorre no domingo (1º), às 10 horas, no Cemitério Parque da Paz.
Nota: Governo do Ceará lamenta falecimento do economista Cláudio Ferreira Lima
“O Governo do Ceará manifesta profundo pesar pelo falecimento do economista, Cláudio Ferreira Lima. Com uma carreira brilhante, Cláudio contribuiu para o desenvolvimento do nosso Estado, compartilhando o seu grande conhecimento e pondo à disposição de todos nós um pensamento econômico voltado para a redução de desigualdades. Auxiliou nos planos da área econômica em várias gestões estaduais, tendo sido secretário de Planejamento do Governo Tasso Jereissati e secretário-adjunto do Desenvolvimento Econômico do Governo Camilo Santana. Atualmente, era assessor do Gabinete do Governador em projetos importantes, como o Ceará 2050.
Seguidor de Celso Furtado, é reconhecido como grande nome da Economia do Nordeste. Defendeu durante sua carreira o desenvolvimentismo e acreditou por toda a vida no crescimento econômico inclusivo. Humanista, pregava a aplicação dos preceitos econômicos como ferramenta para a conquista de uma sociedade mais justa e perseguiu, como intelectual, um projeto de nação igualitária. Sem perder o otimismo, seguiu desejando que o Brasil desse passos consistentes rumo ao seleto grupo dos países desenvolvidos. Nunca deixou de acreditar no futuro ao constatar “vir vindo no vento o cheiro de uma nova estação”, como confessou ao assinar, com as palavras de Belchior, um de seus artigos.
Red; DN