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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mais 4 suspeitos da 'Chacina das Cajazeiras' são presos; um dos mandantes está entre os detidos


dhpp chacina

Um dos presos estava em um apartamento de luxo, no bairro Cocó e, segundo a Polícia Civil, seria um dos mandantes da matança

 Prestes a completar um mês da maior chacina já registrada no Estado do Ceará, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgou, na tarde desta terça-feira (20), que mais quatro suspeitos pelo crime foram capturados. Conforme a Especializada, agora, há 10 suspeitos detidos por participação direta ou indiretamente da matança nas Cajazeiras.

Segundo a Polícia Civil, as quatro últimas prisões vinham sendo realizadas desde o último dia 5. A mais recente captura aconteceu nessa segunda-feira (19), em um apartamento de luxo, no bairro Cocó. Por meio do cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão, os policiais localizaram Dejair de Souza Silva,19.

O homem, conhecido como 'De Deus', é considerado pela Polícia Civil como um dos mandantes da chacina. Segundo a DHPP, com Dejair de Souza foram encontradas uma pistola calibre 45, carregadores e munições. O jovem já responde pelos crimes de roubo, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.

Os outros suspeitos presos foram identificados pelas autoridades como Ayalla Duarte Cavalcante, 21; Ana Karine da Silva Aquino, 23; e Rennan Gabriel da Silva, 19. Segundo investigações da Polícia Civil, Rennan Gabriel teria participado diretamente das execuções no 'Forró do Gago'.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que outros quatro suspeitos já foram identificados e seguem foragidos. A Pasta garante que as diligências das Polícias Civil e Militar continuam na tentativa de capturar os demais envolvidos.

Secretário de Segurança diz saber quem são os chefes

Em entrevista nesta terça-feira (20), o secretário de Segurança Pública, André Costa, afirmou que sabe quem são os chefes das facções que estão no Estado e reafirma a relação com a criminalidade em outras regiões do Brasil.

"Quando nós dizemos que parte do problema demanda uma atuação nacional, é porque realmente parte dele vem de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Região Norte, ou seja, dos estados onde estão sediadas as matrizes dessas organizações. Então, a gente precisa da Polícia Federal e de uma Força Nacional de Polícia Judiciária para trazermos dados para podermos transformar em informações de Inteligência tudo o que acontece fora do Estado e que vem interferir na segurança do Ceará”, declarou.

“O principal diferencial é nós já sabemos quem são os chefes das facções que estão no Estado, onde estão situadas cada uma das células (de tráfico), os locais, os grupos criminosos que estão em conflito e as pessoas envolvidas. Diversas ações que são realizadas no Ceará vêm com participação ou com comandamento que vem de outros estados", garantiu o secretário.
   

Red; DN