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sábado, 25 de novembro de 2017

Operação encontra 116 celulares em celas na CPPL V

Cento e dezesseis celulares estavam entre os objetos apreendidos na Centro de Execução Penal e Integração Social (Cepis) Vasco Damasceno Weyne, conhecido como CPPL V, em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) durante a Operação 'Fronha', deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Além dos aparelhos, acessórios e chips também foram localizados.

De acordo com o MPCE, as apreensões aconteceram no Cepis Vasco Damasceno Weyne. Todas as celas e alas do presídio foram revistadas. Além dos aparelhos telefônicos apreendidos, os servidores encontraram 61 chips, diversos carregadores, baterias e fones de ouvido.

No local foram recolhidas trouxas de maconha e papelotes de cocaína. Com o auxílio de agentes penitenciários, também foram encontrados documentos que diriam respeito à contabilidade da prática dos crimes de tráfico de drogas e estelionato. O Ministério Público afirmou que a operação aconteceu por meio de ordem judicial expedida pelo Juízo da Vara de Corregedorias de Presídios.

O coordenador do Programa de Apoio ao Sistema Prisional (Proasp) e promotor de Justiça, Nelson Gesteira, afirmou que na ordem judicial de busca e apreensão há também a quebra de sigilo. Com isso, os celulares apreendidos podem ser submetidos a uma perícia técnica.

"Tudo isso será periciado. Vamos olhar as relações de ligações, conversas no Whatsapp. Vamos saber se eles vinham praticando fraude aqui fora por meio do uso desses celulares. Os donos desses celulares apreendidos serão responsabilizados. Além de tudo isso, também encontramos algumas armas brancas", lembrou Gesteira.

Conforme o promotor de Justiça, a operação foi batizada como 'Fronha' porque é nela onde costumam estar escondidos celulares e armas brancas. O coordenador do Proasp lembra que os presos contaram ter fácil acesso aos equipamentos eletrônicos durante a noite, quando não estão sob supervisão constante.

O Ministério Público ressalta que a operação contou com o apoio da Polícia Militar, através do Batalhão de Choque, e da Secretaria da Justiça (Sejus), através do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), do Núcleo de Segurança e Disciplina (Nused), da Coordenadoria de Inteligência (Coint) e de agentes penitenciários lotados na CPPL V.

Diário do Nordeste