O velho ditado popular "filho de peixe, peixinho é" é utilizado quando filhos seguem as carreiras profissionais de seus pais. Com Romarinho e Lucas, filhos de Romário e Marcelinho Carioca, respectivamente, não é diferente. Pressão por meio de comparações, expectativa para darem certo no difícil mundo do futebol são situações divididas por ambos desde a época em que atuavam juntos nas categorias de base do Vasco da Gama.
Agora, pelo Tupi, adversário do Fortaleza nas quartas de final da Série C, os filhos dos craques da bola vivem situações diferentes. Enquanto Romarinho já recebeu algumas oportunidades do técnico Ailton Ferraz na disputa da terceira divisão nacional, Lucas apenas utiliza a estrutura do clube mineiro para manter a forma física. O intuito do atleta é assinar contrato com o Galo Carijó para a próxima temporada.
Em entrevista ao site mineiro Hoje em Dia, o filho de Marcelinho Carioca explicou a situação. "Cheguei aqui há dois meses. Como já haviam acabado as inscrições, o Ailton e o clube abriram as portas para que eu mantivesse a forma física. Estou muito grato", disse o filho do "Pé de Anjo".
Sobre características de jogo, o meia-armador tratou de mostrar suas diferenças em relação ao pai consagrado. "Também tenho o dom (nas bolas paradas) e sou um jogador que gosta de vir de trás, como um meia armador ou até segundo volante, diferente do meu pai, que era um meia-atacante que entrava mais na área", explicou.
Antes do Tupi, o herdeiro do ídolo da Fiel acumulou passagens por São Caetano, Audax/RJ, Marília/SP, Tupã/SP, Maracaju/MS e Vitória/PE. Já Romarinho defendeu as cores do Brasiliense, Vasco, Zweigen Kanazawa, do Japão, e Macaé/RJ.
Baixinho em Juiz de Fora
O ano era 2006.Após ser artilheiro da liga americana defendendo as cores do Miami, Romário se encontrava sem clube e precisava retornar logo aos gramados em sua saga pelos mil gols. Não encontrou refúgio em clubes da Série A e foi aí que o Tupi entrou em seu caminho.
Em entrevista à Revista Série Z, Vitor Lima Gualberto, editor do site Segundona Mineira, torcedor do Galo Carijó, tinha 14 anos à época, e comentou sobre a chegada do craque a Juiz de Fora. "Quando anunciado, foi a melhor coisa do mundo. Na época o Tupi não tinha visibilidade alguma, tinha acabado de conquistar o acesso do Módulo II. Foi um rebuliço danado em todos os tipos de mídias, até no Jornal Nacional, fiquei muito feliz devido ao fato do meu time estar sendo muito falado", recordou.
No entanto, Romário nunca chegou a atuar pelo time mineiro. De acordo com a CBF, a janela internacional foi fechada em 31 de agosto daquele ano, e o "Peixe" ainda atuava pelo Miami na data; sendo assim, seu contrato ainda estava em vigor. O atacante, mesmo livre, estava impossibilitado de atuar por uma equipe brasileira.
No vídeo abaixo, após alguns anos, Romário regressa a Juiz de Fora para acompanhar seu filho atuar pelo Galo Carijó na Série C.
Red; DN